Ex-deputado, mensaleiro flagrado bebendo em bar volta para regime fechado

Flagrado em janeiro deste ano bebendo com amigos em um bar da zona sul de Belo Horizonte, o ex-deputado federal Romeu Queiróz (PTB), condenado a seis anos e seis meses de prisão por envolvimento no mensalão, perdeu nesta quinta- feira (19) os benefícios de trabalho externo e saídas temporárias que tinha direito.

O benefício do ex-deputado havia sido suspenso liminarmente logo após a divulgação de um vídeo de quase dois minutos no qual o ex-deputado aparece cercado de amigos num bar, onde ele teria tomado cachaça e cerveja. Pelas regras do regime semiaberto, o preso só pode sair para trabalhar, durante o dia, e deve voltar diretamente para o presídio, à noite.

Em sua decisão, o juiz substituto cooperador da Vara de Execuções Criminais de Ribeirão das Neves, Bruno Henrique Tenório Taveira, revogando o benefício de trabalho externo concedido ao ex-deputado, o magistrado reconheceu “falta grave” e determinou que Queiróz voltasse ao regime fechado.

O advogado Marcelo Leonardo, defensor de Queiróz, não foi localizado para comentar a decisão. Quando houve a decisão anterior (liminar) de retorno ao regime fechado, Leonardo afirmou tratar-se de “uma injustiça e ilegalidade”.

“As imagens não permitem saber a data exata do acontecimento, nem comprovam o uso de bebida alcoólica. Irei interpor um agravo de execução", afirmou o advogado à época.

Queiróz foi condenado em 2012 pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado teria recebido R$ 350 mil de Marcos Valério em troca de apoio ao governo federal. Preso desde 15 de novembro de 2013, ele havia conseguido o regime inicial semiaberto, porque a condenação é inferior a oito anos de prisão.