Ato antigoverno em Brasília tem racha e políticos da oposição
Os movimentos contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), liderados pelo Vem pra Rua, fazem a leitura de uma carta em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, nesta quarta-feira (15).
O ato foi marcado pela dissidência de pelo menos dois movimentos e pela presença de políticos de partidos da oposição. Um dos movimentos, o Brasil Melhor, não concorda com a ausência do pedido de impeachment de Dilma na carta; e o outro, Acorda Brasil, discorda da condução do movimento, protagonizado pelo ativista Rogério Chequer.
A carta pede investigação para apurar as irregularidades em relação à presidente Dilma e apreciação de pedidos de impeachment que foram arquivados, entre outras demandas.
A leitura da carta também, marcada inicialmente para as 12h, precisou ser adiada devido a um protesto de índios na Esplanada dos Ministérios, o que levou a segurança do Palácio do Planalto a ser reforçada.
O ato tem a presença de parlamentares da oposição como Alvaro Dias (PSDB-SP), José Serra (PSDB-SP), Mendonça Filho (DEM-PE), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Medidas
Entre as medidas anunciadas pelo grupo, também estão a aprovação de dez propostas contra a corrupção sugeridas pelo Ministério Público Federal, apoiar o juiz federal Sérgio Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal nas investigações da operação Lava Jato e implantação de eleições diretas para a escolha de procuradores-gerais da República.
Em relação à presidente Dilma, o grupo pediu a redução no número de ministérios e de cargos comissionados e a divulgação de todos os gastos governamentais, incluindo os dos cartões corporativos (alguns gastos referentes à Presidência não são atualmente divulgados por motivo de “segurança”). A carta ainda pede o fim da reeleição, revisão do financiamento público de campanha e implantação do voto distrital.
Público reduzido
Para o coordenador do movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, o número inferior de manifestantes no ato do último dia 12 de abril em comparação com as manifestações do último dia 15 de março não é motivo para preocupação.
No dia 15 de março, em torno de 2 milhões de pessoas saíram às ruas de diversas cidades do país, segundo a PM, em protestos contra a presidente. No último domingo (12), mais de 500 mil pessoas atenderam às manifestações contra o governo.
“Isso não nos preocupa. Se alguma vez a gente sair em 10 milhões de pessoas, 2 milhões vai passar a ser pouco? Não acho que seja a forma correta de pensar. Mobilizamos manifestações em mais de 450 cidades”, afirmou.
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