Depois de Rio, Curitiba e PE, CPI da Petrobras confirma viagem a Londres
Os deputados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras conseguiram autorização da presidência da Câmara dos Deputados para realizar uma viagem a Londres para ouvir Jonathan Taylor, ex-diretor da empresa holandesa SBM Offshore, suspeita de pagar propina à estatal.
O requerimento para viagem já havia sido aprovado pelo colegiado na última terça-feira (14). Desta forma, uma comitiva de até cinco parlamentares irá até Londres para investigar as suspeitas sobre a SBM Offshore. Ainda não há data ou previsão dos custos da viagem à Londres. Também não há a contabilização dos valores das visitas à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro; à refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; e à audiência com o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba.
A CPI também aprovou nesta semana viagens a Curitiba, Rio de Janeiro e Pernambuco. Os parlamentares vão a Curitiba já na semana que vem, onde se encontram com o juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato. No Rio, os parlamentares vão à sede da Petrobras e ao Comperj. Em Pernambuco, devem visitar a refinaria de Abreu e Lima, em maio.
Taylor relatou ao jornal "Folha de S.Paulo" ter entregue à CGU (Controladoria-Geral da União) documentos em agosto do ano passado que comprovariam que a SBM pagou propina a funcionários da estatal para facilitar o fechamento de contratos.
O ex-diretor da SBM teria dito ainda que a CGU esperou o resultado da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) para abrir um processo administrativo para investigar a SBM. O órgão só anunciou a abertura do processo contra a empresa em 12 de novembro, 17 dias após o segundo turno das eleições.
Nesta semana, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que a CGU realizou procedimentos corretos e não acobertou as investigações de denúncias sobre a existência de contratos irregulares entre a Petrobras e a SBM.
O ministro da CGU Valdir Simão também apresentou um cronograma de trabalho que mostra que o órgão começou a investigar as denúncias em abril de 2014.
Simão também disse que Taylor questionou os servidores da CGU sobre a possibilidade de uma recompensa financeira para passar informações que colaborariam com a investigação. Segundo o ministro, foi informado ao ex-diretor que não há previsão legal para este tipo de benefício no país.
O ministro da CGU disse ainda que os documentos apresentados por Taylor estavam em suspeição e não foram utilizados nas investigações.
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