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"Petrodólares", bundalelê e ratos: relembre 7 piores momentos da Câmara em 2015

Pinóquio - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em Brasília

25/05/2015 06h00

Em pouco mais de cem dias de nova legislatura, a Câmara dos Deputados, também conhecida como "Casa do Povo", segundo seus próprios parlamentares, já apresentou ao menos sete cenas que fugiram do decoro parlamentar. Neste ano, já houve ministro atacando o presidente da Casa, roedores soltos em audiência de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e até “bundalelê” no plenário.

Para entrar na Câmara, é necessário apenas apresentar um documento com foto, é um direito do cidadão. É um espaço para debates, propostas e fiscalização e a Casa é frequentada por membros da sociedade, além de parlamentares e autoridades. Essa facilidade de acesso permite que as pessoas se manifestem com certa liberdade.

Veja os piores episódios da Câmara em 2015: 

Roedores são soltos na CPI da Petrobras

Ratos na CPI - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Um servidor comissionado da Câmara soltou vários roedores durante a sessão da CPI da Petrobras para ouvir o depoimento do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A iniciativa causou tumulto e os roedores foram capturados pela segurança da Casa. O servidor foi demitido após o episódio.

Manifestante faz "bundalelê" em votação do ajuste fiscal

Bundalelê no Congresso - Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo - Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo
Imagem: Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo

Em uma das sessões para votar parte do pacote do ajuste fiscal do governo houve um protesto inusitado. Manifestantes da Força Sindical fizeram um "bundalelê" (abaixar as calças e mostrar as nádegas) das galerias do plenário. A central alega que medidas do pacote comprometem direitos dos trabalhadores.

Ministro ataca Cunha e pede demissão do MEC

Cid Gomes - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Convocado pela Câmara para explicar uma declaração dada à Universidade Federal do Pará, o então ministro Cid Gomes (Pros) se desentendeu com os deputados. Ele havia afirmado que na Câmara existiam "300, 400 achacadores". Cid disse na tribuna da Casa que aliados da base deveriam votar de acordo com os interesses do governo ou deveriam “largar o osso”.  Em seguida, Cid atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Prefiro ser acusado por ele [Cunha] de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque", disse Cid, apontando para a Mesa Diretora, onde estava Cunha. As declarações de Cid causaram desconforto entre Executivo e a bancada do PMDB, o que culminou em sua demissão do ministério.

Manifestantes espalham “petrodólares” no plenário

Petrodólares - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A sessão de votação de uma das medidas do pacote de ajuste fiscal do governo foi interrompida por protesto no plenário de integrantes da Força Sindical que estavam nas galerias da Câmara. Eles atiraram notas de "petrodólares" sobre os deputados com fotos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O protesto era uma alusão ao escândalo de corrução na Petrobras. A cena começou a ser repetida em outras sessões de votação do ajuste.

Deputada acusa colega de agressão em plenário


A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse ter sido agredida durante uma confusão em meio à discussão sobre o ajuste fiscal que foi votado na Câmara. Ela teve o braço segurado pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP) durante um bate-boca entre deputados e protestou no microfone. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) reagiu dizendo que "mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem". A atitude dos deputados contra Jandira foi criticada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e por entidades feministas.

Panelaços na tribuna da Câmara

Bruno Araújo - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) levou uma panela e uma tampa para a tribuna do plenário da Câmara para protestar contra governo após denúncias de corrupção. “Sabe por que a população brasileira bate no seu panelaço? Porque vê [o ex-gerente] Pedro Barusco vir aqui hoje dizer que roubava dinheiro na Petrobras, ficava com um terço e a outra parte era distribuída com diretor do PT e com o Partido dos Trabalhadores”, afirmou. Ele concluiu a explanação com algumas batidas na panela.

Líder do DEM leva Pinóquio para Câmara para criticar governo


Com um boneco de Pinóquio na mão, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse na tribuna que o personagem se transformou no "mascote" da gestão da presidente Dilma Rousseff. Ele também disse que a presidente mentiu em sua campanha pela reeleição ao afirmar que não tomaria medidas impopulares, como aumento de juros, da gasolina e do preço da energia e alteração de questões trabalhistas.