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Por hipoglicemia, defesa de presidente da Odebrecht pede dieta na prisão

O presidente da construtora Norberto Odebrecht, Marcelo Odebrecht (de óculos), deixa a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em São Paulo, na zona oeste da capital paulista, com destino ao Aeroporto de Congonhas, nesta sexta-feira (19). De lá, ele seguirá rumo a Curitiba, onde estão centralizadas as investigações da operação Lava Jato. Marcelo Odebrecht foi um dos presos na manhã desta sexta pela PF, na mais recente fase da operação Lava Jato. Todos os detidos estão sob suspeita desde setembro do ano passado, quando foram citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras como responsáveis pelo pagamento de US$ 23 milhões de propina da Odebrecht para uma conta aberta na Suíça - Rafael Arbex/Estadão Conteúdo
O presidente da construtora Norberto Odebrecht, Marcelo Odebrecht (de óculos), deixa a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em São Paulo, na zona oeste da capital paulista, com destino ao Aeroporto de Congonhas, nesta sexta-feira (19). De lá, ele seguirá rumo a Curitiba, onde estão centralizadas as investigações da operação Lava Jato. Marcelo Odebrecht foi um dos presos na manhã desta sexta pela PF, na mais recente fase da operação Lava Jato. Todos os detidos estão sob suspeita desde setembro do ano passado, quando foram citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras como responsáveis pelo pagamento de US$ 23 milhões de propina da Odebrecht para uma conta aberta na Suíça Imagem: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

André Richter

Da Agência Brasil

19/06/2015 15h13

A defesa do presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, pediu nesta sexta-feira (19) à Polícia Federal (PF) a entrega de uma dieta equilibrada na carceragem da PF. O executivo foi preso hoje, em São Paulo, durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, e será transferido para a Superintendência da PF em Curitiba.

De acordo com a defesa, Marcelo é portador de hipoglicemia e não pode ficar longos períodos sem alimentação. A informação consta em um ofício enviado aos delegados e ao juiz federal
Sérgio Moro, que determinou a prisão do executivo.

"Por todo o exposto, serve a presente para informar à Vossa Excelência [juiz] que tão logo esteja na custódia da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba/PR, o peticionante receberá de seus advogados a alimentação adequada diante de seu quadro de saúde", informou a defesa.

As investigações que resultaram na 14ª fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo foram presos.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.