Acusado de receber propina, Cunha enumera feitos da Câmara na TV
Um dia após ser acusado pelo lobista Júlio Camargo de receber propina de US$ 5 milhões, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enumerou os principais feitos da Casa neste semestre em pronunciamento de rádio e TV nesta sexta-feira (17).
"A Câmara independente de hoje é um poder com muito mais iniciativa", afirmou Cunha durante o discurso, gravado há cerca de uma semana. "Temos dado respostas mais rápidas para problemas urgentes, até porque a população não aguenta mais esperar."
Com a imagem da bandeira brasileira ao fundo, Cunha citou como passos no combate à impunidade o projeto de lei que reduz a maioridade penal e a lei que torna assassinato de policiai em crime hediondo.
Cunha elencou o projeto que regulamentou o direito dos empregados domésticos e o a lei de terceirização como avanços nos direitos dos trabalhadores e colocou na lista também o fim do fator previdenciário para aposentadorias.
O peemedebista falou ainda sobre o projeto de reforma política, destacando a aprovação do fim da reeleição, do limite de gastos em campanhas eleitorais e a redução do tempo de campanha eleitoral.
Ao final de seus cinco minutos em rede nacional, Cunha lembrou que o país vive uma crise e reafirmou sua responsabilidade com a governabilidade. Gravado há cerca de uma semana, o discurso foi divulgado no mesmo dia em que o peemedebista anunciou seu rompimento oficial com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Assim como aconteceu no primeiro semestre durante pronunciamentos da presidente Dilma Rousseff, o discurso de Cunha em rede nacional foi acompanhado por protestos em forma de barulho nas ruas do país.
Rompimento com o governo
O "divórcio" de Cunha como aliado governista ocorreu um dia após o depoimento do consultor da Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná, no âmbito da operação Lava Jato, no qual ele afirma ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha. O presidente da Câmara nega as acusações.
No anúncio feito na manhã desta sexta, Cunha adiantou que vai defender no congresso do PMDB, em setembro, que o seu partido também rompa com o governo. "Não há possibilidade de eu, como deputado do PMDB, que o meu partido faça parte de um governo que quer arrastar para a lama dele todos aqueles que podem por ventura, na sua associação, ajudar a protegê-los", disse.
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