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"Eu acho a dicotomia tucano-petista uma tragédia para o Brasil", diz Paes

Do UOL, no Rio

22/07/2015 16h53Atualizada em 22/07/2015 22h05

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), criticou a relação entre o PSDB e PT no atual cenário político do país e classificou "a dicotomia tucano-petista" como "uma tragédia para o Brasil".

As afirmações foram feitas durante sabatina promovida pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo, na tarde desta quarta-feira (22). O evento foi realizado no Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo, na zona sul do Rio.

"Virou uma relação tão pessoal, de ódio. Desculpa aqui fazer uma comparação ruim, mas sabe aquela coisa de ex-marido e ex-mulher? Eu não sei quem começou, não me importa, mas é uma coisa esquisitíssima. Os dois partidos que protagonizam a cena política brasileira, se for para ferrar o outro, fazem qualquer coisa, inclusive ferrar o Brasil. Por isso que o PMDB vai ganhar a [próxima] eleição [presidencial]", declarou.

"Eu falei para o [senador José] Serra (PSDB) para vir para o PMDB porque lá no tucano ele não vai ganhar", disse durante a entrevista, em tom de brincadeira.

O PSDB e o PT venceram as últimas seis eleições para a Presidência da República, duas com Fernando Henrique Cardoso, duas com Lula e duas com Dilma Rousseff. O PMDB, partido do atual vice-presidente Michel Temer, estuda lançar candidato próprio para o pleito de 2018. Paes é cotado como possível representante do partido. Ele evitou entrar no assunto e se limitou a dizer que não é candidato.

Questionado se apoiaria o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em uma eventual presidencial, Paes afirmou: "Se Eduardo Cunha fosse o candidato do meu partido, eu apoiaria".

Paes foi entrevistado pelo colunista do UOL Mário Magalhães, pela colunista Mônica Bergamo, pelo repórter especial Leonardo Souza, e pelo diretor interino da Sucursal da Folha no Rio, Marco Aurélio Canônico.