Querem desconstruir Lula porque ele pode ser candidato em 2018, diz petista
O líder o PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), disse que as reportagens publicadas pelo jornal "O Estado de São Paulo" sobre a suposta “compra” de uma MP (Medida Provisória) para prorrogar incentivos fiscais dadas a montadoras são uma tentativa de “destruir” a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele ser um possível candidato nas eleições de 2018. “Isso faz parte de uma campanha de desconstrução da imagem dele porque ele é um pretenso candidato em 2018. Vamos debater isso de outra forma”, afirmou o petista.
Nesta quinta-feira, o jornal "O Estado de São Paulo" publicou uma reportagem segundo a qual montadoras teriam contratado empresas de lobby para “comprar” apoio parlamentar dentro do governo para prorrogar a validade da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a produção de carros nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Originalmente, a isenção seria extinta em 2011, mas uma MP editada em 2009, durante o governo do ex-presidente Lula, prorrogou o incentivo até 2015. Os contratos firmados pelas montadoras, segundo a reportagem, foram feitos dias antes da edição da MP.
A reportagem cita documentos indicando que montadoras contrataram escritórios de lobby para conseguir a prorrogação dos incentivos. Segundo os documentos, as empresas foram contratadas por R$ 36 milhões.
A reportagem indica ainda que uma das empresas contratadas, a Marcondes & Mautoni Empreendimentos, fez repasses de R$ 2,4 milhões à uma empresa do filho de Lula, Luiz Cláudio Lula da Silva, em 2011, ano em que a prorrogação entrou em vigor. Luiz Cláudio admitiu ter recebido pagamentos da empresa, mas disse que eles foram contabilizados e declarados.
Uma das mensagens de e-mail trocadas por envolvidos no caso indica que houve um “acordo para a aprovação da MP 471” e que o empresário Mauro Marcondes teria combinado a entrega de R$ 4 milhões “pessoas do governo, PT”. O e-mail, no entanto, indica que o dinheiro não foi entregue.
Os e-mails sugerem ainda a participação de senadores e deputados no esquema, mas faz menções a nenhum deles.
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