Reforma para acomodar aliados é legítima e é feita às claras, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff (PT) classificou como “legítima” a reforma ministerial anunciada nesta sexta-feira (2), feita com o objetivo de acomodar a base do governo e garantir maior apoio no Congresso.
“Se erramos, precisamos consertar os erros. Se acertamos, precisamos avançar nos acertos e seguir em frente. Mas para isso precisamos de estabilidade política”, afirmou a presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, na manhã de hoje.
“Por isso, essa reforma tem também um propósito, o de atualizar a base política do governo, buscando uma maioria que amplie nossa governabilidade, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política”, disse.
“Trata-se de uma ação legítima de um governo de coalizão e, por isso, tudo tem sido feito às claras”, afirmou Dilma.
A reforma ministerial ampliou a participação do PMDB no governo, de seis para sete pastas, e contemplou a bancada peemedebista na Câmara com os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia.
A presidente afirmou que todos os governos desde a redemocratização do país, após a ditadura de 1964, foram de coalizão partidária, o que tornaria necessário conquistar o apoio do Congresso.
"Trata-se de articulação política para construir um ambiente de diálogo, um ambiente de coesão parlamentar. Trata-se de articulação política que respeita os partidos que fizeram parte de uma coalizão que me elegeu e que tem direito e dever de governar comigo", disse a presidente.
Em seu discurso, Dilma também afirmou que a busca por apoio no Congresso tem o objetivo de conseguir a aprovação das medidas de ajuste fiscal necessárias para equilibrar as contas do governo e a economia do país.
"O meu governo busca apoio no Congresso, e a reforma faz parte também desse contexto para implementar os compromissos que assumi com a população, para fazer os ajustes que a crise nos impõe, para manter o Brasil na rota do desenvolvimento", disse.
"Nós, em síntese, precisamos colocar os interesses do país acima dos interesses partidários", afirmou Dilma.
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