RS vai pagar integralmente salários de outubro; 13º ainda é dúvida
Depois de uma semana de incertezas sobre o pagamento dos salários de outubro, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), anunciou o pagamento integral da folha, nesta quinta-feira (29).
A informação foi dada através da conta oficial de Sartori no Facebook: "Acabo de falar com o secretário [da Fazenda, Giovani] Feltes e estamos confirmando o pagamento integral da folha de outubro nesta sexta [30]".
A novidade é um alento aos servidores do Executivo estadual, que desde agosto já passaram por dois parcelamentos e a dúvida mensal de como e quando receberão seus vencimentos.
O Rio Grande do Sul atravessa uma crise financeira sem precedentes em sua história. Conforme analistas, é o resultado de quatro décadas de más gestões, em que na maioria dos anos as contas fecharam negativas.
Para poder pagar outubro integralmente, Sartori teve que apertar gastos e atrasar a quitação de outras dívidas. Foi necessário retardar a parcela de R$ 268 milhões da dívida com a União e o repasse de aproximadamente R$ 600 milhões de outros contratos firmados.
Conforme o secretário da Fazenda, o rombo de outubro nas contas do RS superam R$ 500 milhões.
O Governo do Estado anunciou o pagamento integral da folha de pagamento do funcionalismo público referente ao mês de...
Posted by Governo do Rio Grande do Sul on Quinta, 29 de outubro de 2015
Mais crise
No início da semana, o governo informou que pretende atrasar o 13º do Judiciário estadual. Isso gerou um grande mal-estar, principalmente pelo fato de a informação ter sido passada pelos meios de comunicação, e não entre as lideranças dos Poderes.
Sartori deve pedir que o Legislativo e o Judiciário - que são abastecidos pela mesma fonte, o cofre do Estado - paguem seus décimos-terceiros firmando empréstimos com o banco do Estado, o Banrisul.
No início da tarde desta quinta, o governo também revelou que lançará a sexta rodada do ajuste fiscal --programa de contenção de despesas-- até meados de novembro. Não foram reveladas ações pontuais, apenas que o Executivo deve enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei para serem votados em regime de urgência.
Conforme o secretário da Fazenda, o Estado iniciará o ano de 2016 com a necessidade de mais R$ 6,6 bilhões em caixa, dos quais R$ 2 bilhões serão apenas de dívidas que sobraram de 2015.
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