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Alckmin diz que quer manifestações a favor de Dilma em outros locais de SP

O governador Geraldo Alckmin (PSDB)   - Secom/SP
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) Imagem: Secom/SP

Do UOL, em São Paulo

08/03/2016 20h27

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reformulou na noite desta terça-feira (8), em Brasília, as declarações dadas à rádio Jovem Pan sobre a proibição de qualquer ato a favor do governo Dilma Rousseff e do PT no próximo domingo (13) por conta das manifestações já marcadas a favor pelo impeachment da presidente.

Alckmin retificou a informação dada pela manhã e afirmou que o governo paulista apenas quer evitar que ocorram manifestações contrárias no mesmo lugar. "Corrigindo uma informação veiculada em São Paulo, quero dizer que, no domingo, faremos um grande trabalho para evitar que ocorram manifestações contrárias no mesmo local e no mesmo horário. Quem quiser fazer manifestação a favor do governo, contra o impeachment, a favor de quem quiser tem total liberdade, está previsto na Constituição, mas não no mesmo horário e local do outro evento."

Pela manhã, Alckmin disse que o governo paulista não permitiria que houvesse outra manifestação na avenida Paulista e que garantiria a segurança de quem quisesse se manifestar contra o governo federal. 

"Havia uma solicitação para ter outra manifestação no sentido contrário e nós dissemos que no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment, contra a corrupção, já estava agendado há mais de um mês", disse o governador à emissora paulista.

O governador esteve em Brasília para discutir com outros governadores e representantes do governo federal sobre as dívidas do estado e o novo indexador a ser aplicado 

Por cautela, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que apoia o governo Dilma Rousseff, recomendou aos seus filiados que não façam qualquer manifestação no domingo (13) para evitar confrontos com os manifestantes pró-impeachment.

Um milhão na Paulista

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) estima que as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), marcadas para o próximo domingo (13), reúnam público de cerca de um milhão de pessoas na região da avenida Paulista, no centro de São Paulo.

O atual titular da pasta, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira (8), que o esquema de segurança tem sido planejado com base no primeiro grande ato contra a presidente, ocorrido em março de 2015.

"Nós estamos acreditando que (o público) deva se aproximar mais da primeira manifestação, quando tivemos, na avenida Paulista e todos os arredores, em torno de um milhão de pessoas", afirmou Moraes.

No ano passado, o cálculo do número de manifestantes na Paulista, feito pela Polícia Militar, foi alvo de contestação, mas, segundo o secretário, "pelo menos duas paralelas e cada um dos lados também ficaram superlotados".