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Desembarque federal não afeta aliança entre PT e PMDB em governos estaduais

O governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (esquerda), comemora a vitória ainda no primeiro turno das eleições ao lado do vice, Antonio Andrade (PMDB) - Douglas Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo
O governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (esquerda), comemora a vitória ainda no primeiro turno das eleições ao lado do vice, Antonio Andrade (PMDB) Imagem: Douglas Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo

Aliny Gama e Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

30/03/2016 17h55

A decisão do PMDB em desembarcar do governo Dilma Rousseff, tomada nessa terça-feira (29), não teve impacto nos cargos estaduais nos locais onde os partidos são aliados. 

Ao todo, sete Estados são governados pelo PMDB e cinco, pelo PT. Desses 12 Estados, em seis os partidos são aliados e mantém cargos em governos do partido parceiro. Em princípio, não haverá dança de cadeiras em nenhum deles.

Entre os governos petistas, o PMDB está apenas em Minas Gerais. Apesar de anunciar o apoio ao rompimento em nível nacional, o diretório do partido disse que vai manter os cargos no governo de Fernando Pimentel (PT). O partido tem, inclusive, o vice-governador e presidente do diretório estadual do PMDB, Antônio Andrade.

Os governos petistas no Ceará (Camilo Santana), Acre (Tião Viana) e Piauí (Wellington Dias) e Bahia (Rui Costa) não têm integrantes do PMDB.

Entre os sete governos estaduais do PMDB, apenas Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul não têm integrantes petistas. No Rio Grande do Sul, os petistas, por sinal, fazem ferrenha oposição ao governo de Ivo Sartori.

Em Alagoas, o governador Renan Filho (PMDB) tem um secretário do PT, que será mantido no poder. Segundo o presidente do diretório estadual do PT, o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, não haverá rompimento porque o governador alagoano se mostrou “parceiro” petista assinando, inclusive, por duas vezes, manifesto de governadores nordestinos contra o impeachment.

No Espírito Santo, o PT está no comando da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo Paulo Hartung (PMDB) e não houve saída. "A análise de conjuntura é sempre debatida em nossas reuniões. Mas não existe um alinhamento direto do nacional com os Estados e municípios, cada um tem sua peculiaridade. A intenção do PT aqui no Estado é ajudar o Espírito Santo", disse presidente estadual petista, Genivaldo Lievore, em entrevista ao jornal “A Gazeta” publicada nesta quarta-feira.

Em Sergipe, o PT possui dois cargos em primeiro escalão no governo Jackson Barreto (PMDB), além da ex-primeira dama – a viúva do governador Marcelo Déda, Eliane Aquino –, que é assessora especial do governo. O presidente do partido no Estado, Rogério Carvalho, não está em Sergipe e voltará apenas na próxima semana, quando o assunto poderá ser debatido. Por ora, não há qualquer indicação de rompimento.

Em Rondônia, o governo Confúcio Moura (PMDB) conta com nomes petistas em primeiro escalão, entre eles a pasta de Ação Social. “Na próxima semana vamos nos reunir com todo o pessoal para debater isso. Estamos sendo provocados pela militância, todo dia está havendo manifestação” disse Reginaldo Silva Gomes, secretário-geral do PT-RO.

Em Tocantins, a assessoria de comunicação do PT informou que nada foi debatido no sentido de deixar os cargos do governo. Segundo a assessoria, há “três ou quatro” nomes petistas no governo de Marcelo Miranda (PMDB).

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