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Roberto Requião diz que reunião do PMDB para deixar governo "foi uma farsa"

Senador Roberto Requião - Divulgação
Senador Roberto Requião Imagem: Divulgação

Fabiana Maranhão

Do UOL, em Brasília

30/03/2016 17h10

Ausente na reunião do diretório nacional do PMDB que decidiu pela saída do partido do governo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) tem uma opinião firme sobre o que aconteceu nesta terça-feira (29): “Foi uma farsa”.

“Como uma convenção decide se, depois de cinco anos de aliança, o partido entra ou sai em três minutos? Foi uma farsa”, condenou ex-governador do Paraná, que tem mais de 30 anos de PMDB.

O senador questionou o fato de o partido ter rompido a aliança sem divulgar uma proposta de governo. “Eu acho perfeitamente normal um partido deixar uma coalizão. Não vejo problema nenhum de entrar ou sair. Mas tem de explicar o por quê. O PMDB podia ter saído com um programa, mas não tem um programa”, declarou em entrevista ao UOL.

Requião questionou o documento “Ponte para o futuro”, um conjunto de propostas apresentado pelo PMDB no ano passado contra a crise. Segundo o próprio texto, “destina-se a preservar a economia brasileira e tornar viável o seu desenvolvimento”.

“Não é do PMDB, não é proposta do partido”, disse. Segundo ele, o projeto não foi discutido dentro do partido.

O parlamentar declarou ser contra a política econômica do governo petista e duvidou que o PMDB tenha o mesmo posicionamento, apesar das críticas que faz.  “Se o PMDB não concorda com a política econômica do governo, por que tem votado a favor dela [de Dilma Rousseff]?”, questionou.

Perguntado sobre o impeachment da presidente, Requião afirmou ser a favor “se tiver crime de responsabilidade”. “Se não tiver, não sou”. Ele classificou ainda as pedaladas fiscais, que motivaram a instalação do processo de afastamento de Dilma, como “conversa mole”.

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