Jucá diz que pedir novas eleições é "golpe" e critica negociações do governo
O senador e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), criticou nesta terça-feira (5) as negociações feitas pelo governo para barrar o processo de impeachment que tramita contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara e rebateu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que mais cedo havia dito ver com "bons olhos" a realização de eleições gerais para superar a crise política.
"Não venham cobrar o PMDB pela crise"
Jucá também rebateu as críticas de que a decisão do partido de deixar a base aliada ao governo teria sido precipitada. "Não é precipitado tomar uma posição a favor do povo. Ao contrário. É uma decisão acertada", disse. "Se nós quisermos ser respeitados, nós temos que ter um posicionamento que represente a população que está lá fora". O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), questionou a decisão do partido, tomada na semana passada por aclamação em reunião que durou menos de cinco minutos.
Temer licenciado
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) se licenciou nesta terça da presidência nacional do PMDB. Segundo a assessoria de Temer, “o vice-presidente se licencia para que o senador Romero Jucá tenha condições de defender o partido dos ataques que vêm sofrendo nos últimos dias”. O licenciamento de Temer acontece uma semana depois de o diretório nacional do PMDB ter oficializado a sua saída da base governista.
No dia 29 de março, quando o partido anunciou a saída do governo, Romero Jucá foi um dos senadores mais enfáticos ao falar sobre a ruptura com o governo e sobre a proibição feita a integrantes do partido de ocupar cargos e ministérios. “Eu digo que para bom entendedor, meia palavra basta. Aqui foi dada uma palavra inteira. Portanto, todos devem pensar no que vão fazer”, afirmou Jucá na ocasião.
Apesar da proibição de filiados ao PMDB ocupem cargos no governo, o partido ainda tem seis ministros: Eduardo Braga (Minas e Energia), Marcelo Castro (Saúde), Kátia Abreu (Agricultura), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Mauro Lopes (Aviação Civil) e Hélder Barbalho (Portos).
(Com Estadão Conteúdo)
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