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"Querem suprimir o povo" da decisão sobre o impeachment, diz Berzoini

Do UOL, em São Paulo

13/04/2016 17h20Atualizada em 13/04/2016 18h03

Ricardo Berzoini, ministro-chefe da Secretaria do Governo, disse em entrevista a jornalistas que "querem suprimir o povo" da decisão sobre o impeachment e "fazer eleições indiretas". O evento aconteceu após cerimônia de renovação do contrato da empresa de Terminal de Contêineres de Paranaguá e a Secretaria Especial de Portos. 

Ele afirmou não estar preocupado só com o domingo, dia da votação no plenário da Câmara do parecer sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas com dar estabilidade para o país e "em trabalhar para barrar o golpe". "Há sim condições de governabilidade", ressaltou. Ele chamou o processo em uma transformação em golpe ardilosamente tramado, transformando um processo de apuração de crime de responsabilidade em um processo de eleição indireta. O povo deve participar sempre das decisões do governo Dilma."

Afirmou ainda que o governo só tomou atitudes "republicanas" com relação aos congressistas, negando alegações de compras de votos ou entrega de cargos por apoios contra o impeachment.

Batalha

Antes, durante seu discurso, Dilma disse "ter certeza que brasileiros e brasileiras estarão ao lado dela na próxima sexta-feira (15) para vencer essa batalha contra golpe e impeachment sem base legal".

Dilma disse estar segura de que na próxima semana "com essa página virada", o governo dará continuidade às melhorias e que estabelecerá um diálogo nacional de todos os segmentos da sociedade, "não só político, mas de empresário, trabalhadores e de todos aqueles que querem um Brasil melhor".