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Criada sob protestos, comissão da mulher na Câmara será presidida pelo PR

Do UOL, em Brasília

28/04/2016 12h45Atualizada em 28/04/2016 16h48

O PR ficou com a presidência da polêmica e recém-criada Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. A decisão foi tomada durante reunião das lideranças realizada na manhã desta quinta-feira (28) para definir os partidos que vão presidir os 25 comitês permanentes ao longo do ano. A comissão foi criada na noite de quarta-feira sob protestos de deputadas e terá 22 membros.

A escolha foi feita com base no tamanho dos blocos partidários. Os maiores tiveram o direito de eleger primeiro quais comissões queriam presidir. Cada bloco escolheu uma comissão até que todas fossem preenchidas.

O PR faz parte do bloco que inclui também PT, PSD, PCdoB e Pros. O partido tem diversos integrantes que compõem a bancada evangélica na Casa.

O PR atualmente tem uma bancada de 40 deputados na Câmara, sendo 5 mulheres -- uma delas, a deputada Clarrisa Garotinho (RJ), está em licença-maternidade.

O partido tem até as 11h da próxima terça-feira (3) para indicar nomes para a presidência e a vice-presidência da comissão, que serão eleitos na tarde do mesmo dia por seus membros. O comitê vai começar a funcionar na quarta-feira (4).

O PR também ficou com a presidência da Comissão de Minas e Energia. PMDB, PT e PSDB conseguiram a presidência de três colegiados cada um; PP, PSB e PSD conquistaram duas; DEM, PSC, SD, PTB, PRB, PCdoB, PTN e PDT poderão indicar os presidentes de um comitê cada um.

Confusão em plenário com novas comissões

Na noite de quarta, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou rejeitado o requerimento de retirada de pauta do projeto que criava os novos colegiados, contrariando a maioria do plenário. Liderados pela bancada feminina, diversos parlamentares acusaram o presidente da Câmara de manobrar e promover um “golpe” em plenário. Elas protestaram contra a exclusão de temas considerados prioritários para as mulheres, como direitos reprodutivos e aborto, do âmbito da nova comissão. Deputadas gritaram "golpista” e “fora, Cunha” e chegaram a ocupar a Mesa Diretora.