Cunha diz que voltará a frequentar a Câmara a partir da próxima semana
Mesmo afastado do exercício do mandato de deputado federal pelo STF (Supremo Tribunal Federal) há duas semanas, e, consequentemente, do cargo de presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) falou que vai continuar frequentando o Congresso a partir da próxima segunda-feira (23).
Ele retornou à Câmara pela primeira vez desde seu afastamento nesta quinta-feira (19) para fazer sua defesa no Conselho de Ética, onde responde a processo por quebra de decoro, acusado de ter mentido à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, ao dizer que não tinha contas no exterior.
"Eu vou frequentar (a Câmara), vou frequentar meu gabinete pessoal e estarei aqui presente. Não mais hoje, pelo adiantado da hora, e amanhã não estarei aqui, mas a partir de segunda-feira vocês me encontram no gabinete 510", disse em entrevista a jornalistas após o depoimento.
Questionado se poderia continuar a usar seu gabinete, mesmo afastado, Cunha disse que sim, porque está "suspenso do exercício do mandato, e não do mandato".
Cunha se recusou a responder se teria conversado com Michel Temer (PMDB) desde que o presidente interino assumiu o cargo, após o afastamento de Dilma Rousseff (PT).
"O que eu converso ou deixo de conversar, com todo o respeito, isso diz respeito a mim e a com quem eu converso. Então não tenho que dizer o que eu faço ou deixo de fazer."
Ele voltou a dizer que espera retornar ao exercício do mandato e que vai recorrer da decisão do STF de afastá-lo. "Nós vamos lutar porque a decisão é uma decisão que eu contestei. Foi excepcional, sem previsão constitucional", afirmou. "Eu respeito a Suprema Corte. Eu espero sensibilizá-la nos meus recursos para que possa ter uma revisão da decisão".
Cunha também evitou comentar a atuação do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que tem sido muito contestado por vários partidos e deputados e não tem presidido as sessões da Casa. "Eu não tenho que achar nada".
Após a reunião do Conselho de Ética, ele voltou a repetir o que disse no plenário, que "não indicou um alfinete" ao governo de Temer.
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