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Após pedido de prisão, Renan diz que Senado é "solução para a crise"

Ouça a conversa gravada de Renan

TV Folha

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

07/06/2016 16h10Atualizada em 07/06/2016 16h33

Após a PGR (Procuradoria-Geral da República) pedir sua prisão e afastamento da presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse nesta terça-feira (7) que o “Senado será a solução da crise” política. A declaração foi dada na chegada de Renan ao Senado. Foi a primeira aparição pública do senador depois que o pedido de prisão contra Renan e outros líderes do PMDB foi protocolado pela PGR.

A PGR pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão de Renan Calheiros, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Os pedidos foram feitos após a revelação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em uma das conversas, Renan Calheiros afirma que trabalhou para evitar a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cargo.


“Nós vamos aguardar a manifestação da Suprema Corte. O Senado é solução, não é parte da crise. Não vamos exacerbar dos nossos limites. Não é hora de aumentar a temperatura institucional”, afirmou Renan Calheiros nesta terça-feira.

Mais cedo, Renan havia emitido uma nota por meio de sua assessoria de imprensa classificando o pedido de prisão feito por Janot como uma medida “desarrazoada, desproporcional e abusiva”. 

Questionado sobre se o pedido de prisão de Janot havia sido “abusivo”, Renan desconversou. “Toda vez que há exageros, extravagância, excessos, desproporcionalidade, expressões como democracia, constituição, liberdade de expressão, liberdade de opinião, presunção de inocência perdem prestígio e nós não vamos colaborar com isso”, afirmou. 

Jucá também fala no Senado

No plenário do Senado, Romero Jucá voltou a se dizer “vítima” de um processo sem poder se defender. Ele disse que seus advogados já pediram acesso à delação premiada de Sérgio Machado, mas que ainda não obtiveram os documentos. “Esses fatos nos levam a ser vítimas de um processo que até agora não posso responder porque até hoje não consegui acesso nem às gravações e nem à delação do senhor Sérgio Machado”, afirmou Jucá.

Jucá classificou o pedido de prisão contra ele como uma “situação absurda”. “Vou aguardar com a tranquilidade de quem fala a verdade, com a tranquilidade de quem confia na Justiça e espero que essa situação absurda possa ser resolvida no curto prazo”, disse.