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Jamais governarei de novo com o "PMDB do mal", diz Dilma

São Paulo tem manifestação a favor de Dilma na avenida Paulista

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

29/08/2016 22h28

A presidente afastada, Dilma Rousseff, disse que, se voltar ao cargo, não vai governar com a fatia do PMDB liderada pelo deputado afastado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Ela fez o comentário para responder à pergunta do senador Telmário Mota (PDT-RR), seu aliado, sobre com quem governaria caso escape do impeachment, o PMDB "do bem" ou o PMDB "do mal". "Deus me livre do que o senhor chamou de 'PMDB do mal'", disse Dilma.

A presidente afastada afirmou respeitar "vários integrantes do PMDB" e avaliou que o Brasil perdeu seu "centro democrático", antes representado pelo partido e suas lideranças. "Essa liderança se transmutou em uma liderança ultraconservadora, ultrafundamentalista", disse. "Com esse PMDB eu jamais governarei ou conviverei novamente." Segundo Dilma, "isto é grave, porque o país precisa desse centro democrático."

Opinião: No Senado, Dilma não consegue nenhum voto contra impeachment

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Dilma Rousseff discursou pela manhã no Senado durante o julgamento do processo de impeachment. Em seguida, passou a responder a perguntas dos senadores, da defesa e da acusação. O tempo para cada senador fazer as questões é de até cinco minutos. Dilma tem tempo livre para responder.

O desfecho do impeachment ainda não tem data exata definida, mas pode ser conhecido em sessão do Senado na terça-feira (30) ou quarta-feira (31). É quando os 81 senadores deverão votar para condenar ou absolver Dilma. Se Dilma, que foi derrotada nas duas votações anteriores no Senado e em uma na Câmara, conseguir impedir os 54 votos favoráveis ao impeachment, é absolvida e volta ao cargo. Mas, se ao menos 54 senadores votarem contra ela, dará adeus à Presidência.