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Bolsonaro parabeniza Trump e diz que Brasil está "no mesmo caminho"; Jean Wyllys vê "catástrofe"

Jair Bolsonaro (à esq) e Jean Wyllys divergem sobre eleição Trump - Framephoto/Estadão Conteúdo e Câmara dos Deputados
Jair Bolsonaro (à esq) e Jean Wyllys divergem sobre eleição Trump Imagem: Framephoto/Estadão Conteúdo e Câmara dos Deputados

DO UOL, em São Paulo

09/11/2016 10h28

A vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana nesta quarta-feira (9) provocou reações de apoio e crítica entre políticos e personalidades brasileiros. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que é cotado para lançar sua candidatura a presidente em 2018, parabenizou Trump e relacionou o resultado nos Estado Unidos com o Brasil. "Vence aquele que lutou contra 'tudo e todos'. Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho", escreveu em suas contas nas redes sociais.

Já o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) classificou a vitória de Trump como uma catástrofe. "Mergulhamos na nova idade media (leia-se como pronunciam os americanos). Donald Trump presidente dos EUA é uma catástrofe", escreveu no Twiiter.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) ligou o resultado com a proposta do teto de gastos públicos, enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer.

Para Requião, a "insensibilidade grotesca do mercado" foi o motivo da eleição de Trump e "ameaça Brasil com a verdadeira estupidez" do teto de gastos. "Povo irá reagir, agora ou depois", escreveu. "Trump foi eleito pelos marginalizados pelo capital, vitimas de políticas semelhantes a da PEC241/55", completou.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), fez um comentário sem citar diretamente Trump. "Nacional-populismo é xenófobo e protecionista. Não se enganem, só não é ruim pra a especulação financeira dos 'mercados'. O resto se ferra", declarou.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) declarou que a "vitória de Trump é o triunfo da mediocridade. Hipernacionalismo, xenofobia, homofobia, racismo, a cara mais escancarada do que é a direita".

 

Xico Graziano, o assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que na semana passada lançou uma campanha para FHC voltar à Presidência, amarrou o resultado nos EUA às eleições municipais no Brasil e ainda ao cenário para 2018. "Vitória de Trump acende o farol aqui. Dória em SP, Kalil em BH e Crivella no RJ foram um sinal. Contra a velha política. Quem virá em 2018?!"