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Rodrigo Maia diz que determinou prisão de manifestantes que invadiram Câmara

Brasil não quer comunismo, diz manifestante

UOL Notícias

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

16/11/2016 17h45Atualizada em 16/11/2016 18h42

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que ter determinado à policia legislaltiva que todos os manifestantes que invadiram o plenário na tarde desta quarta-feira (16) durante uma sessão fossem presos pela policia legislativa e levados à Polícia Federal.

"Não vamos aceitar esse tipo de abuso ao parlamento brasileiro", disse Maia. "Não há negociação com aquele que não quer negociar", disse.

Para o presidente da Câmara, não houve falha na segurança da Câmara.

A assessoria de imprensa da Câmara informou que todos deverão ser indiciados com base no artigo 18 da Lei de Segurança Nacional, que pune com pena de reclusão de 2 a 6 anos o ato de "tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados".

Além disso, quatro manifestantes identificados como lideranças do grupo devem ser indiciados por dano ao patrimônio e lesão corporal. Na confusão, um policial legislativo e um assessor parlamentar ficaram feridos.

Cerca de 50 pessoas tomaram, por volta das 15h30, o entorno da mesa de onde os membros da Mesa Diretora comandam os trabalhos. Houve empurra-empurra entre policiais legislativos e manifestantes quando os agentes tentaram retirar parte dos ativistas do plenário.

Alguns dos manifestantes também gritaram palavras de ordem a favor de uma "intervenção militar". Uma mulher usava uma blusa com a frase "intervenção já".

porta quebrada - Luis Macedo / Câmara dos Deputados - Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Manifestantes quebraram a porta de vidro da entrada principal do plenário da Câmara
Imagem: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Uma porta de vidro foi quebrada com a confusão na entrada do grupo.

Um dos manifestantes, Antonio, que preferiu não informar seu sobrenome, disse que o Congresso está querendo implantar o comunismo no Brasil. "Eles [deputados] têm que fiscalizar o Poder Executivo", declarou. Questionados sobre quais votações estariam contra, ele disse apenas que é contra a "bandalheira".

Por volta de 17h20, dois pequenos grupos de ao menos cinco pessoas deixaram o plenário acompanhados de policiais legislativos.