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Bombeiro solta fogos na PF para celebrar prisão de Cabral: "quebrou o Estado"

Veja como foi a prisão de Sérgio Cabral

Band News

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio

17/11/2016 10h17Atualizada em 17/11/2016 14h07

A prisão de Sérgio Cabral (PMDB) nesta quinta-feira (17) foi comemorada com fogos de artifício em frente à sede da Polícia Federal no Rio. O subtenente do Corpo de Bombeiros do Estado, Valdenei Duarte, de 56 anos, foi até o local em que o ex-governador fluminense está detido para soltar rojões e hostilizar o político.

"Ele quebrou o Estado. Esse pacote de austeridade do Pezão tem o dedo do Cabral", disse Duarte, referindo-se às medidas que o atual mandatário, Luiz Fernando Pezão, está tentando implementar no Rio de Janeiro. "Eu nunca vi uma crise dessa pela qual estamos passando."

Duarte disse que sente satisfação em saber que Cabral está preso. Segundo ele, o ex-governador perseguiu os bombeiros do Rio e a ele, especialmente.

Em 2012, o subtenente participou de manifestações em prol de melhores condições de trabalho. Acabou preso e foi exonerado. Ficou um ano e cinco meses afastado do Corpo de Bombeiros. Ele disse que conquistou na Justiça sua reintegração.

Manifestante leva cartaz à sede da PF no Rio de Janeiro para comemorar a prisão do ex-governador Sergio Cabral - Vinicius Konchinski/UOL - Vinicius Konchinski/UOL
Manifestante leva cartaz à sede da PF no Rio para comemorar a prisão de Cabral
Imagem: Vinicius Konchinski/UOL
O subtenente não foi o único a protestar contra Cabral na sede da Polícia Federal. Alguns bombeiros compareceram à PF e aplaudiram bastante os policiais. Um outro rapaz levou cartazes apoiando a prisão do ex-governador.

Dois indígenas também apareceram para protestar contra Cabral. Eles se dizem prejudicados pela evacuação da aldeia Maracanã, antes da Copa das Confederações, em 2013. Quando Cabral foi preso, em sua casa no Leblon, zona sul, moradores do bairro também o hostilizaram. A Polícia Federal interveio com gás de pimenta.

Índios comemoram a prisão de Sérgio Cabral

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Cabral foi preso nesta quinta-feira numa operação que é mais um desdobramento da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, ele chefiava um esquema de corrupção em obras públicas realizadas no Rio com uso e verbas federais. O UOL ainda não conseguiu contato com a defesa do ex-governador.

A mulher de Cabral e ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, também foi levada para a Polícia Federal, a fim de cumprir mandando de condução coercitiva (quando a pessoa é encaminhada para prestar esclarecimentos em sede policial).

Sérgio Cabral é o segundo ex-governador do Rio preso em menos 24 horas. Na quarta-feira (16), a PF prendeu Anthony Garotinho (PR) em uma investigação sobre esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes (RJ) comandada pelo Ministério Público Eleitoral.