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Investigado na Lava Jato e irmão do 1º substituto de Renan. Quem é Jorge Viana

O senador Jorge Viana (PT-AC) assume a presidência do Senado depois do afastamento, por decisão do STF, de Renan Calheiros (PMDB-AL)  - Eduardo Anizelli/Folhapress - 11.mai.2016
O senador Jorge Viana (PT-AC) assume a presidência do Senado depois do afastamento, por decisão do STF, de Renan Calheiros (PMDB-AL) Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress - 11.mai.2016

Do UOL, em São Paulo

05/12/2016 23h15Atualizada em 05/12/2016 23h15

Jorge Ney Viana Macedo Neves, 57, é natural de Rio Branco e formado em engenharia florestal pela UnB (Universidade de Brasília). O senador deverá assumir nesta terça-feira (06) a presidência do Senado depois que Renan Calheiros (PMDB-AL) foi afastado do cargo na segunda (5) por decisão liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello 

Viana foi prefeito da capital do Acre entre 1993 e 1996 e governador do Estado por dois mandatos seguidos, entre 1998 e 2006. Ele é senador desde 2011.

A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga se Viana seria o "menino da floresta" que aparece na planilha de propina da Odebrecht. A defesa do senador nega a acusação.

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Em setembro deste ano, a Polícia Federal conduziu coercitivamente para depor o consultor Marcio Antônio Marucci, um ex-assessor do Senado ligado a Viana.

Em 2013, um sobrinho de Viana, Tiago Paiva, foi preso durante operação da Polícia Federal no Acre, acusado de envolvimento em esquema de desvio de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) e de fraude em licitações para beneficiar sete empresas com o dinheiro de programas habitacionais em cinco cidades do Estado.

À época, Paiva era diretor de Análises Clínicas da Secretaria Estadual de Saúde e foi indiciado por formação de quadrilha, formação de cartel e corrupção ativa e passiva.  

Irmãos Viana

O novo presidente do Senado é irmão do governador do Acre, Tião Viana (PT), a quem também já coube substituir Renan Calheiros na presidência da Casa uma vez, em 2007.

Em outubro daquele ano, Renan se licenciou do cargo depois de enfrentar meses de acusações. Em dezembro de 2007, ele renunciou à presidência do Senado para evitar ter o mandato cassado - e conseguiu.

Pesavam sob Renan acusações como a de ter a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso paga pelo lobista Claúdio Contijo, da empreiteira Mendes Júnior. Renan nega, mas o caso voltou à tona em 2013, quando virou pauta do STF, e foi responsável por tornar o senador réu do Supremo pela primeira vez na semana passada.