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Réu, denunciado e investigado: veja 12 casos envolvendo Renan

Do UOL, no Rio

12/12/2016 21h38

Nesta segunda-feira (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, formalizou a primeira denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no âmbito da Operação Lava Jato. O senador e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) são acusados de recebimento de propina no valor de R$ 800 mil e lavagem de dinheiro mediante doações oficiais da empreiteira Serveng.

Este, no entanto, não é o único caso envolvendo Renan. Há ainda outros 11 inquéritos contra o senador, que, de acordo com seu andamento, também podem se transformar em ações penais. Confira abaixo outros inquéritos em que o senador é investigado:

Pensão com verba indenizatória

No dia 1º deste mês, Renan tornou-se réu pela primeira vez quando a maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou pelo recebimento parcial de uma denúncia contra o senador. As investigações têm como foco os pagamentos de pensão que Renan fez a uma filha que teve fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso. Os pagamentos que teriam sido realizados com dinheiro de seu gabinete parlamentar.

Divulgado em 2007, o caso foi um dos fatores que levaram Renan a renunciar à presidência do Senado na época. A aceitação da denúncia motivou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de afastá-lo do comando da Casa, posteriormente revogada pela maioria dos ministros. O senador responde por peculato, acusado de desvio de verba indenizatória do Senado.

Em nota divulgada via assessoria de imprensa da Presidência do Senado, o peemedebista fala em "suposição", "probabilidades" e diz não haver provas contra concretas contra ele no caso.

Lava Jato

No âmbito da Operação Lava Jato, Renan é investigado em oito inquéritos, incluindo o caso de recebimento de propina denunciado por Janot nesta segunda. A força tarefa apura se o senador recebeu dinheiro para manter o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, no cargo; sua relação com o esquema de propina na usina de Angra 3; se Renan foi pago para manter Nestor Cerveró na Diretoria Internacional da Petrobras; se o peemedebista está envolvido em crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, também ao lado de Aníbal Gomes Barbalho; suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro com base em informações do doleiro Alberto Youssef; se o senador recebeu propina em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras e se Renan tem participação na organização criminosa que desviou dinheiro da Petrobras.

Em nota, a assessoria imprensa da presidência do Senado afirma que o senador Renan Calheiros jamais autorizou ou consentiu que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância.

"O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação."

Belo Monte

A pedido da Procuradoria-Geral da República, em junho o STF autorizou abertura de um inquérito para investigar se Renan e outros integrantes da cúpula do PMDB no Senado supostamente receberam propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A linha de investigação tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).

A assessoria de Renan afirma que o senador sempre esteve à disposição para quaisquer esclarecimentos e que "todas as imputações contra ele são por ouvir dizer", ou ainda, "interpretações subjetivas".

Zelotes

Renan também é investigado, no âmbito da operação Zelotes, por supostamente ter sido beneficiado no esquema de propina no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A assessoria do senador reitera que a denúncia trabalha com "interpretações subjetivas" e "boatos".

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