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Crivella diz estudar criação taxa para turistas e "adequação" de impostos

Turistas que visitam o Rio de Janeiro podem ter que pagar taxa de R$ 5, diz Crivella - EFE - 12.ago.2015 /ANTONIO LACERDA
Turistas que visitam o Rio de Janeiro podem ter que pagar taxa de R$ 5, diz Crivella Imagem: EFE - 12.ago.2015 /ANTONIO LACERDA

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

01/01/2017 19h58

Empossado neste domingo (1º), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), disse estudar a criação de uma taxa de "R$ 4 ou R$ 5" para turistas que se hospedarem na cidade. A medida seria uma das estratégias para reverter a queda apontada por ele na arrecadação municipal.

A ideia foi anunciada em entrevista coletiva concedida após a cerimônia de transmissão de cargo, na qual o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB) se despediu do posto que ocupou por oito anos.

A solenidade aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul do Rio. O secretariado de Crivella também tomou posse neste domingo.

Questionado sobre quais iniciativas pretendia adotar para enfrentar eventuais dificuldades para fechar as contas, Crivella falou que é preciso pensar, por exemplo, em instituir uma taxa de turismo para os hóspedes dos hotéis. "Isso é cobrado no mundo inteiro", disse.

O prefeito lembrou ainda que, neste Réveillon, a ocupação da rede hoteleira do Rio foi superior a 85%. "Isso é algo que precisamos celebrar. Eu espero que seja uma notícia que traga para nós dias melhores. O turismo é a vocação da nossa cidade. As pessoas do Rio de Janeiro são muito bonitas e a natureza, exuberante."

Crivella afirmou ainda que pretende fazer uma revisão tributária durante sua gestão. "Não significa aumentar impostos, mas adequar a contribuição de acordo com a capacidade de cada um dos contribuintes", declarou.

Ele disse, no entanto, que se for necessário elevar os valores, isso será feito, mas citou a existência de muitos imóveis que não pagam o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

"Chegou o momento de nós conversarmos com eles [donos de imóveis], até porque todos estão cientes da crise que nós enfrentamos. A cidade do Rio de Janeiro está no contexto de crise federal e estadual, e é preciso se resguardar", declarou.

Durante a entrevista, Crivella falou ainda que é preciso rever os subsídios dados pela prefeitura a setores como o de transportes, citando os ônibus.

Segundo o prefeito, a ordem que ele deu aos secretários para os primeiros momentos da nova gestão foi "não gastar". "No primeiro ano de governo temos que atender as carências básicas da população, por isso vamos priorizar saúde e educação", declarou.
 

Veja a íntegra do discurso de posse de Crivella como prefeito

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