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Doria diz que "nada é irreversível", mas reitera apoio a Alckmin em 2018

Doria diz que acidentes em marginais não são culpa do aumento da velocidade

SBT Online

Do UOL, em São Paulo

13/03/2017 19h22Atualizada em 13/03/2017 21h07

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), reiterou nesta segunda-feira (13) seu apoio ao governador do Estado, Geraldo Alckmin, como candidato do partido tucano à Presidência da República em 2018. A afirmação foi feita em entrevista exclusiva ao colunista Kennedy Alencar, exibida pelo telejornal SBT Brasil.

Doria, com boa aprovação da população paulistana em dois meses de mandato, vem sendo apontado por setores da legenda como um provável candidato do PSDB à Presidência. Ao SBT, ele admitiu que “nada é irreversível”, mas defendeu que seu padrinho político seja o escolhido do partido.

“Provavelmente, Magalhães Pinto deve ter dito ‘não há nada irreversível, imutável, exceto a morte’. Se ele não falou, outro bom político deve ter falado isso. Então essa é a minha resposta. Mas eu reafirmo o que você já disse, meu candidato à Presidência da República é o governador Geraldo Alckmin”, declarou Doria, que descreveu o governador como um político “sério, dedicado, honesto e bom gestor”.

Na entrevista, no entanto, Doria destacou que, apesar de seu apoio a Alckmin, ele defende que o PSDB realize prévias eleitorais para decidir quem representará o partido nas corridas pelo governo do Estado e pela Presidência da República. Atualmente, o grande rival do governador de São Paulo pela vaga na eleição presidencial é o senador Aécio Neves (MG), candidato derrotado por Dilma Rousseff no pleito de 2014.

Marginais e pichadores

João Doria foi questionado por Kennedy Alencar sobre duas de suas principais medidas até agora: o aumento de velocidade nas marginais e o combate aos pichadores.

Questionado sobre dados que mostraram um aumento no índice de acidentes nas marginais Tietê e Pinheiros no primeiro mês com os novos limites, o prefeito afirmou que a culpa não é da velocidade, e sim da imprudência dos motoristas.

“Não houve nenhuma incidência determinada pelo aumento da velocidade, houve pela imprudência. Vamos fazer uma campanha em rádio, televisão e redes sociais para estimular as pessoas a terem prudência, sobretudo os motociclistas”, disse Doria, que afirmou que, se julgar necessário, poderá reavaliar os limites nas vias.

Sobre o fato de ter mandado apagar muros na cidade, João Doria declarou que apoia artistas de rua, mas que não vai tolerar pichadores.

“Quero esclarecer que somos totalmente favoráveis à arte de rua, como grafiteiros e muralistas, e totalmente contrários a pichadores. Pichadores não são artistas, são destruidores”, discursou o prefeito. Questionado por Kennedy Alencar se o picho não poderia ser uma manifestação feita por adolescentes de baixa renda, Doria interrompeu o jornalista. “O fato de ser jovem não justifica cometer irregularidades, agressão. Transgressão não tem idade. Não se pode imaginar que vão fazer o que quiserem em São Paulo, esse tempo já foi”.