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Apelidado de "Caldo", Blairo Maggi recebeu R$ 12 mihões, diz Odebrecht

Blairo Maggi diz "não saber do que está sendo acusado". - Antônio Araújo/ MAPA
Blairo Maggi diz "não saber do que está sendo acusado". Imagem: Antônio Araújo/ MAPA

Flávio Costa

Do UOL, em São Paulo

11/04/2017 22h16Atualizada em 11/04/2017 22h16

O ministro da Agricultura Blairo Maggi recebeu R$ 12 milhões não declarados para sua campanha de reeleição ao governo do Mato Grosso, em 2006, de acordo com o depoimento de delatores da Odebrecht.

Ainda segundo esses relatos, Maggi tinha o apelido de "Caldo" no sistema de pagamentos ilícitos da Odebrecht. Maggi é um dos oito ministros do governo Temer alvos de inquérito anunciados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

No despacho do STF, Fachin afirma que "segundo o Ministério Público, narram os colaboradores o pagamento de vantagem, no contexto das campanhas eleitorais de Blairo Maggi e José Orcírio Miranda dos Santos, respectivamente ao governo dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no ano de 2006."

Ex-funcionários da Odebrecht, os delatores João Antônio Pacífico Ferreira  e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto afirmam que o pedido de vantagem indevida, no caso de Blairo de Maggi, foi feito pelo agente público estadual Éder de Moraes Dias

"O solicitante, inclusive, teria mencionado que o pedido era de conhecimento do então Governador, surgindo o repasse de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais)", lê-se no despacho do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP-MT), diz lamentar ter o nome incluído na lista e destaca não ter relação com a Odebrecht ou seus dirigentes e nem ter tido recebido doações da construtora para suas campanhas eleitorais. Maggi afirma ainda "não saber do que está sendo acusado".