Topo

"Garanhão", deputado federal levou R$ 100 mil em doação da Odebrecht

O deputado Fábio Faria (PSD-RN), filho do governador Robinson Faria - Manuela Scarpa/Foto Rio News
O deputado Fábio Faria (PSD-RN), filho do governador Robinson Faria Imagem: Manuela Scarpa/Foto Rio News

Nivaldo Souza

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/04/2017 04h00Atualizada em 06/07/2017 03h53

O deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) é conhecido no meio político pelo sucesso com mulheres famosas. Agora genro de Silvio Santos, após seu casamento em 29 de abril com Patrícia Abravanel, com quem tem um filho, ele chegou antes a namorar celebridades como Sabrina Sato.

Histórico que rendeu ao parlamentar o apelido de "garanhão" na lista de políticos aliciados com propina repassada pela empreiteira Odebrecht.

O nome consta em planilha do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que ficou conhecido como departamento de propinas. O deputado também aparece na lista como "bonitão".

Conforme inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), Faria aparece como recebedor de R$ 100 mil como doação da empreiteira durante a campanha de 2010.

Em nota, Fábio disse que confia nas instituições brasileiras e que vai prestarei todos os esclarecimentos à Justiça e ao Ministério Público para provar sua inocência.

O pai dele, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), também são acusados de receber R$ 350 mil da Odebrecht. 

O governador potiguar foi apelidado na Odebrecht como “bonitinho” e Rosalba como "carrossel". Rosalba foi eleita governadora em 2010, com Robinson como vice.

Os três contaram com o apoio da empreiteira para favorecer a sua empresa de saneamento básico, a Odebrecht Ambiental. Em troca do apoio financeiro de campanha, a Odebrecht participaria de Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Rio Grande do Norte.

Em seu despacho, Fachin observa que, por ser concessionária de serviço público, a Odebrecht Ambiental não poderia fazer doações de campanha. A saída encontrada foi repassar recursos pelo departamento de propinas da empreiteira.

Em nota, o governador negou ter recebido doações irregulares e se disse “pronto para prestar os esclarecimentos que venham a ser necessários à Justiça”.