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"Reformas geram incompreensões que são típicas da democracia plena", diz Temer

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Do UOL, em São Paulo

30/04/2017 11h31

O presidente Michel Temer (PMDB) falou brevemente neste domingo (30), durante o lançamento do centro cultural Japan House, em São Paulo, e defendeu as reformas idealizadas pelo governo federal, citando a reforma trabalhista, alvo de protestos e de uma greve geral no Brasil na última sexta.

"Acabei de transmitir ao vice-primeiro-ministro [do Japão, Taro Aso] as reformas fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro --entre elas a trabalhista-- que gera, num primeiro momento, incompreensões, contestações, mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos no nosso país", disse Temer, se dirigindo a autoridades japonesas.

"As instituições aqui, senhor vice-primeiro-ministro, funcionam com toda regularidade --Executivo, Judiciário, Legislativo-- e o brasileiro é otimista, sem pessimismo em nenhum momento". "Por isso dizemos que, aconteça o que acontecer, haja protestos ou não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar", afirmou.

"Lanço essa mensagem especialmente para investidores brasileiros e japoneses, para dar tranquilidade e a segurança de que nós estamos desobstruindo os caminhos da economia para alcançar a tranquilidade de todo o povo brasileiro e especialmente eliminar o desemprego que aflige a muitos nesse momento", finalizou Temer.

Defensor enfático das reformas, Temer já havia concedido declarações semelhantes nos últimos dias, afirmando que elas farão com que o "emprego volte" e permitirão que "os próximos governos não encontrem o país como encontramos".

O presidente também soltou nota oficial sobre os protestos, ainda na sexta, dizendo que "as manifestações políticas ocorreram livremente em todo o país". "Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente", acrescentou.

Em um vídeo gravado na sexta-feira (28) no Palácio do Planalto para o Dia do Trabalho, que circulará apenas nas redes sociais no próximo dia 1º, o presidente Michel Temer vai - em cerca de dois minutos - fazer a defesa da "modernização trabalhista" e evitará falar da reforma da Previdência. Segundo interlocutores, a fala de Temer tem um tom de otimismo de que com as medidas implementadas pelo seu governo o emprego será retomado.

Alckmin

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), destacou a importância da aprovação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, em discurso na inauguração da Japan House. "Saímos de um modelo estatutário de cima para baixo para um modelo melhor de tratar as relações contratuais e questões do emprego no momento atual do mundo", disse. O projeto foi aprovado no plenário da Câmara, mas ainda terá que passar por discussão no Senado antes de ir à sanção do presidente Michel Temer. (Com Estadão Conteúdo)