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Gabinete de Fachin fecha porta a jornalistas que perguntavam sobre delação da JBS

O ministro Edson Fachin, do STF - Carlos Humberto/SCO/STF
O ministro Edson Fachin, do STF Imagem: Carlos Humberto/SCO/STF

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

17/05/2017 21h02Atualizada em 18/05/2017 21h47

Pouco depois de vir a público a informação sobre o acordo de delação premiada do dono da JBS, o gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin fechou as portas a um grupo de jornalistas que foi para lá em busca de detalhes do caso.

Reportagem do jornal “O Globo”, publicada no site do jornal no início da noite desta quarta-feira (17), afirma que o empresário Joesley Batista teria gravado uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB) e revelado que o presidente sabia da compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A conversa com Temer constaria, segundo “O Globo”, no acordo de delação premiada do dono da JBS, que estaria para ser homologado por Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.

A assessoria de imprensa do STF ainda não se manifestou sobre as informações do jornal carioca. A reportagem apurou que o ministro estava no gabinete às 21h.

Sem conseguir informações oficiais do tribunal, um grupo de jornalistas foi até o gabinete de Fachin, no prédio do STF, tentar contato com assessores do ministro.

Mas, após alguns minutos de espera, um funcionário do gabinete informou ao grupo que teria que fechar a sala e pediu que os repórteres se retirassem. Segundo esse funcionário, seria costume do gabinete fechar às portas às 20h.

Como relator da Lava Jato no Supremo, cabe a Fachin decidir sobre a homologação dos acordos de delação premiada que podem ter relação com a operação.

A assessoria de imprensa do STF tentou entrar em contato com o ministro Fachin, mas até as 21h desta quarta-feira, informou não ter ainda obtido ainda uma resposta. O Supremo não se pronunciou oficialmente sobre a reportagem do "Globo".

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