Após delação da JBS, Gilmar nega instabilidade política: "instituições estão funcionando"
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira (23) que “as instituições estão funcionando” ao ser questionado sobre se a delação dos executivos da JBS teria abalado a estabilidade política do país.
“Acho que as instituições estão funcionando, a vida segue, nenhum problema”, respondeu Mendes em rápida conversa com jornalistas que o aguardavam no Supremo.
A delação da JBS levou à abertura de um inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a prisão de Neves e Loures. O relator da investigação no STF, ministro Edson Fachin, negou o pedido, mas determinou que ambos fossem afastados do exercício do mandato.
A PGR recorreu da decisão de Fachin, e voltou a pedir a prisão do senador e do deputado afastados.
A revelação na última quarta-feira de que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, gravou uma conversa particular com o presidente, ocorrida em março, no Palácio do Jaburu, acirrou a oposição contra o governo e corroeu o apoio da base aliada a Temer.
Batista também gravou conversas suas com Aécio e com Loures.
Na esteira das investigações, a Polícia Federal chegou a grampear um telefonema entre Aécio e Gilmar Mendes, no qual o senador pede a ajuda do ministro para conseguir o apoio de parlamentares na votação do projeto sobre crimes de abuso de autoridade.
Após o áudio vir a público, Gilmar Mendes divulgou uma nota afirmando que sempre defendeu publicamente o projeto sobre abuso de autoridade e que seus encontros autoridades são “públicos e institucionais”.
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