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Não deve haver blindagem, diz líder do DEM sobre pedidos de impeachment de Temer

Para o líder do DEM na Câmara, momento político exige "respostas rápidas" - Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Para o líder do DEM na Câmara, momento político exige 'respostas rápidas' Imagem: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados

Bernardo Barbosa

Do UOL, em Brasília

25/05/2017 13h06

O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), líder do partido na Câmara, disse, nesta quinta-feira (25), que os aliados do governo não devem blindar o presidente Michel Temer (PMDB) de eventuais pedidos de impeachment. O DEM é uma das principais legendas da base de Temer.

A declaração foi dada pouco antes do horário previsto para a entrega de mais um pedido de impeachment na Câmara, desta vez pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O órgão também agiu de forma similar nos processos que levaram à queda de Fernando Collor (hoje no PTC) e Dilma Rousseff (PT).

Não deve haver blindagem. Não há de ser desprezado nenhum tipo de argumento, nenhum tipo de petição que seja aqui encaminhada

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Análise 

Apesar de o presidente da Câmara e seu correligionário, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já ter dito que não deve acatar os pedidos de impedimento de Temer, Efraim disse não ter dúvidas de que Maia vai fazer uma análise "técnica, jurídica e política" do pedido da OAB --que será o 14º protocolado na Câmara contra Temer.

"A consultoria técnica e jurídica da Casa já tem se debruçado sobre os pedidos. Isso é natural, você não pode decidir nada de afogadilho, o momento no Brasil é delicado, as denúncias são graves, é preciso se debruçar nas investigações", disse o líder do DEM.

Efraim afirmou ainda que o momento exige "respostas rápidas", mas disse também que "o DEM jamais precipitará qualquer movimento que possa gerar caos e instabilidade."

Nos últimos dias, aliados do governo têm se movimentado nos bastidores em busca de um nome que, numa eventual saída de Temer, mantenha a agenda de reformas. Ao mesmo tempo, senadores de outros partidos, inclusive do próprio PMDB, vêm se mobilizando para buscar um nome de consenso para uma eventual eleição indireta.

Em comum, as duas articulações lidam com a possibilidade crescente de que o presidente tenha o mandato cassado no julgamento da chapa Dilma-Temer, marcado para o dia 6 de junho no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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