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Alckmin diz que não é candidato em eleição indireta e que FHC e Tasso são "grandes nomes"

Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo
Imagem: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/05/2017 13h01

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta sexta-feira (26) que seja candidato em eventual eleição indireta caso o presidente Michel Temer (PMDB) renuncie ou seja afastado. Ele é um dos cotados, por outro lado, para disputar a Presidência em 2018, em pleito direto.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista), Alckmin afirmou cabe ao partido, agora, “apoiar o governo, apoiar o Brasil”.

“Mas quero me antecipar: não sou candidato a nenhuma eleição indireta. Os dois grandes nomes são o [ex] presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador [e presidente nacional do PSDB] Tasso Jereissati”, disse. “Essa [indicação dele para uma eleição indireta] não é a discussão. Agora, é ajudar a passar a crise”, enfatizou.

A declaração foi dada um dia depois de o governador se reunir com Jereissati e com o prefeito João Doria (PSDB) na casa de FHC, em São Paulo.

O encontro foi organizado entre as lideranças como parte das viagens de Jereissati para ouvir os caciques do partido e decidir uma posição de permanecer ou desembarcar do governo Temer na semana que vem, quase às vésperas de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomar o julgamento da ação que pode cassar o presidente.

O tucano também discordou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, seja um nome viável em caso de eleição indireta. Para ele, o mais importante é garantir que as reformas econômicas continuem no país. "Eu acho que nós temos que apoiar as reformas porque elas são necessárias ao país, independente de nomes", disse Alckmin, ao responder se Meirelles seria o único nome em condições de levar adiante esta missão.

Segundo o blog do jornalista Josias de Souza publicou mais cedo, Alckmin analisa a hipótese de participar da eleição indireta à Presidência da República se Temer for apeado do cargo. O governador, no entanto, ainda não teria tomado uma decisão, ainda que já tivesse, inclusive, consultado juristas e concluído que pode entrar na disputa sem renunciar à cadeira de governado --bastaria pedir licença do cargo.

Esta semana, porém, o ex-presidente já havia refutado que estivesse disposto a ser candidato novamente ao Planalto em uma eleição com a eventual queda de Temer. Perguntado sobre a possibilidade durante evento na sede da Fundação FHC, o tucano respondeu: "Eu? Olha para minha cara, minha idade. Tá louco!", expressou aos jornalistas.