Contra fatiamento de Janot, Temer pede à base que vote todas as denúncias juntas
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), informou nesta quarta-feira (28) que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), pediu que a base orquestre uma votação conjunta de todas as denúncias que serão apresentadas contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal).
“[Temer disse] que o ideal é que nós todos votemos as denúncias conjuntas. Por óbvio, até porque o inquérito é um só que trata das três coisas”, declarou Ribeiro. Ele tentou evitar fala sobre a estratégia que o governo usará na Casa para conseguir reunir as denúncias em uma só votação. "Vai se mandar para a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] uma denúncia e nós vamos estabelecer o rito. Se no regimento não há o rito, nós vamos estabelecer o rito, se for o caso", disse.
A informação foi confirmada pelo vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS). "O regimento permite", disse o gaúcho.
Janot apresentou ao STF na última segunda-feira (26) a primeira denúncia contra Temer, por crime de corrupção passiva, e o ministro Edson Fachin, relator do inquérito no Supremo, já avisou que repassará o pedido de investigação à Câmara sem dar tempo prévio à defesa do presidente. Entretanto, pelo menos mais uma denúncia é esperada, essa por crime de obstrução da Justiça.
A ideia do governo é rebater o "fatiamento" do inquérito definido por Janot e, assim, fazer com que todas as denúncias sejam derrubadas de uma única vez no Congresso. Para que o pedido da PGR seja derrotado na Câmara, 172 deputados precisam votar contra a denúncia, e o governo acredita que já tenha esse número garantido. Barrar as denúncias uma a uma ampliaria o desgaste político, segundo a tese que a base pensa em seguir.
O assunto foi discutido em reunião de líderes com o presidente nesta tarde no Palácio do Planalto.
Segundo Aguinaldo Ribeiro, porém, ainda não ficou definido se o governo vai acelerar ou não o processo da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Ele informou que a base está dividida quanto ao tópico.
Ele também preferiu não citar uma data para pautar a reforma da Previdência. “Vamos tratar no momento oportuno”, disse.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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