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Gilmar Mendes chama de "fake news" rumores sobre candidatura ao Senado

Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo
Imagem: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/07/2017 12h21

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, também presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), chamou de “fake news” informações de que ele estaria se preparando para deixar a Corte em setembro para disputar uma vaga no Senado pelo Mato Grosso.

“Não pretendo sair do STF tão cedo, ao contrário do que muita gente diz”, afirmou em postagem no Twitter.

A possível renúncia de Gilmar Mendes, que está no STF desde 2002, é uma informação que circula nos bastidores do STF. Além das aspirações políticas, estariam também nos planos do magistrado ações na área privada, como abrir outro estabelecimento de ensino – Mendes já é um dos sócios do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público). Caso venha a renunciar à cadeira que ocupa no STF, uma nova vaga seria aberta e um novo ministro indicado pelo presidente Michel Temer.

Em diferentes ocasiões, o ministro do STF criticou movimentos que têm apoiado a candidatura de juízes, promotores e ex-ministros para as eleições de 2018.

"Já trocamos políticos que buscam votos pelos militares. Alguém pode imaginar que pode fazer uma república de promotores ou de juízes. Creio que ficarão também decepcionados com o resultado. Até como gestores, nós juízes e promotores, não somos lá muito bons. Se fôssemos administrar o deserto do Saara, faltaria areia em pouco tempo", disse no final de junho, durante evento que debateu reforma política promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Foi para tratar de reforma política, segundo ele, que Mendes recebeu Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha em sua casa para um jantar, mais de um mês após ter proferido o voto decisivo que absolveu a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer do processo que respondia por abuso de poder econômico no TSE. Na ocasião, disse que o encontro foi “absolutamente normal”.

“Eu recebi Temer não na condição de alguém que tenha uma denúncia. Eu conversei com ele como chefe de Estado, chefe de governo, e eu como presidente do TSE. Foi nessa condição", disse.

Temer foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no STF por corrupção passiva, após a divulgação de áudio gravado por Joesley Batista, um dos sócios da JBS. A denúncia precisa ser autorizada pela Câmara dos Deputados.

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