Temer faz nova mudança e põe homem de sua 'tropa de choque' na CCJ
O governo Michel Temer (PMDB) fará mais mudanças na composição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11) e promoverá o deputado federal Beto Mansur (PRB-SP) a titular da comissão, segundo apurou reportagem do UOL. A representação na Câmara é responsável por votar parecer favorável ou não à abertura de investigação contra o presidente.
Mansur faz parte da chamada “tropa de choque” de Temer e inclusive viajou com o peemedebista para a cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, na semana passada. Ele assume o lugar do deputado Lincoln Portela (PRB-MG).
A substituição do deputado Cleber Verde (PRB-MA) por João Campos (PRB-GO) foi protocolada na noite de ontem. De acordo com a assessoria da CCJ, desde o dia 26 de junho, quando foi apresentada a denúncia pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, houve 17 alterações nos membros da comissão.
O deputado e integrante titular da comissão Carlos Marun (PMDB-MS), que tem defendido o presidente dos ataques da oposição, afirma que as trocas são normais, pois é “natural que os partidos queiram ser representados pela maioria da bancada”.
Na avaliação do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), entretanto, as substituições são inadequadas e "ferem a independência dos deputados" embora tenha frisado que as nomeações de membros são prerrogativas dos partidos políticos através de suas lideranças – "certo ou errado, isso é regimental”, disse Pacheco nesta segunda-feira (10).
A previsão do Planalto é que na CCJ, com as trocas de parlamentares e permanência de aliados em Brasília, Temer consiga entre 39 e 41 votos contra o prosseguimento da denúncia no colegiado.
Denúncia contra presidente
Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de corrupção passiva. O presidente só poderá, de acordo com a Constituição, ser investigado se a Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo.
Em casos como esse, o rito tem início na CCJ da Câmara. Os deputados que integram a comissão votam um parecer, favorável ou não à abertura de investigação. O parecer vai ao plenário da Câmara para ser votado por todos os parlamentares da Casa. Para que a investigação seja aceita, são necessários os votos de 342 dos 513 deputados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.