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Rejeição de denúncia contra Temer na CCJ é "vitória da democracia", diz porta-voz de Temer

13.jul.2017 - Governistas comemoram rejeição na CCJ de parecer favorável à denúncia contra Temer - Renato Costa/Estadão Conteúdo
13.jul.2017 - Governistas comemoram rejeição na CCJ de parecer favorável à denúncia contra Temer Imagem: Renato Costa/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

13/07/2017 19h10Atualizada em 13/07/2017 20h06

O porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou na noite desta quinta-feira (13) que a rejeição do relatório favorável ao prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara é uma “vitória da democracia e do Direito”.

Ainda segundo Parola, Michel Temer recebeu a notícia com a “tranquilidade de quem confia nas instituições brasileiras”.

“O resultado hoje alcançado deixa claro que é sólida a maioria dos que defendem a democracia, os direitos constitucionais e o Estado de Direito. A vitória é da democracia e do direito”, declarou Parola.

O porta-voz ainda ressaltou que o resultado na CCJ teve maioria com mais de 60% dos votos contra o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ). Ao fim, Parola disse que Temer “congratula-se” com cada parlamentar que, “com coragem cívica, deram seu voto em defesa da Constituição e da Democracia”.

Com intensas manobras orientadas pelo governo para trocar integrantes, a CCJ rejeitou, por 40 votos a 25 (e 1 abstenção), o parecer de Zveiter, que era a favor da autorização de que a denúncia por corrupção contra Temer possa ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), se absteve na votação, como uma forma de preservar sua isenção na condução do processo.

Segundo um interlocutor do Planalto, o resultado foi recebido com alegria, embora já fosse esperado. “As últimas informações já sinalizavam que o resultado seria positivo. A expectativa é que teríamos certa folga”, disse.

O foco do Planalto agora, informou a fonte, é na votação da denúncia em plenário, que ainda tem data incerta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que discutirá a questão com líderes partidários nesta quinta. Se houver acordo, a previsão é de que a denúncia seja votada na próxima segunda (17). Se não houver, ficará somente para agosto, na volta do recesso, que começa na terça (18).

O Planalto sabe que, mesmo que tenha saído vitorioso na CCJ, terá contra si os votos da oposição e de deputados membros da comissão substituídos por outros nomes mais palatáveis ao governo.