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Pesquisas de opinião estão "erradas", diz "mosqueteiro" de Temer

Li Ming/Xinhua
Imagem: Li Ming/Xinhua

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

02/08/2017 11h48Atualizada em 02/08/2017 21h10

O integrante da tropa de choque do presidente Michel Temer e chamado de um dos “três mosqueteiros” dele, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) declarou nesta quarta-feira (2) que a população quer manter o presidente no cargo e que as pesquisas de opinião estão com “alguma coisa errada”.

Segundo pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) em 27 de julho, o governo Michel Temer é aprovado por 5% da população. A pesquisa diz ainda que percentual de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo é de 70%.

Com o índice, Temer empata com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ambos passam a ter o maior índice de reprovação a um governo na série histórica da pesquisa CNI/Ibope, iniciada no governo de José Sarney (PMDB), em março de 1986.

“Tem alguma coisa errada nessas pesquisas. Não é possível que ele tenha 95% de rejeição. Não vejo adesivo de ‘Fora, Temer’ nos carros por aí. As perguntas também devem estar equivocadas”, afirmou.

Para ele, a população tem um certo descontentamento, mas ainda nutre uma expectativa positiva em relação ao governo. Questionado sobre o motivo de não haver grandes protestos nas ruas como no impeachment de Dilma, Marun falou que “os líderes da conspiração não devem ter manifestado confiança”.

“Essa impopularidade de Temer é que nem cabelo de freira. Todo mundo acha que existe, mas ninguém vê”, acrescentou.

Carlos Marun foi também um dos principais defensores do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba pela operação Lava Jato. Nesta quarta, Marun voltou a defender Cunha.

“Eu nunca falei que ele ia vencer aqui, que eu sabia que ele estava derrotado. Mas isso não foi o suficiente para que eu me transformasse em um vira-casaca. Penso que Eduardo Cunha tem serviço prestado ao país e o principal dele foi ter tirado aquela praga [em referência a Dilma] que assolava o Palácio do Planalto no comando da nação. Ele quem comandou o processo”, argumentou.