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Temer tem encontro fora da agenda com Yunes e Skaf em São Paulo

Michel Temer (à dir.) na festa de 50 anos de casado do advogado José Yunes - Zanone Fraissat - 21.jun.2013/Folhapress
Michel Temer (à dir.) na festa de 50 anos de casado do advogado José Yunes Imagem: Zanone Fraissat - 21.jun.2013/Folhapress

Do UOL, em Brasília

11/11/2017 15h34

O presidente Michel Temer (PMDB) se encontrou com o advogado José Yunes, ex-assessor e amigo pessoal, e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, esta sexta-feira (10), em São Paulo. O encontro não foi registrado na agenda oficial do presidente divulgada pelo Palácio do Planalto.

Em nota, o Planalto confirmou o encontro: "O presidente se encontrou com José Yunes ontem [sexta], assim como recebeu visita dele após ser internado no Sírio-Libanês. E em outras oportunidades, dessa longa amizade de 50 anos", diz o texto.

Yunes foi acusado pelo delator Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB, de ter recebido propina endereçada a Temer, além de lavar o dinheiro por meio da compra de imóveis.

O presidente rebateu as acusações, disse que as declarações de Funaro são “falsas” e que os imóveis que ele possui foram adquiridos de forma lícita e declarados à Receita Federal.

O ex-assessor do presidente disse que vai processar Funaro por fazer uma acusação falsa.

Em dezembro, Yunes pediu demissão do cargo de assessor especial da Presidência após seu nome ser citado na delação do executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. O delator afirmou que parte dos R$ 10 milhões prometidos pela empresa ao PMDB, em jantar do qual Temer participou, foi entregue no escritório de Yunes em São Paulo.

Em depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República), Yunes disse ter recebido um pacote das mãos de Lúcio Funaro para ser entregue ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), mas afirmou não saber se o pacote continha dinheiro.

Funaro afirmou, também em depoimento, acreditar que Yunes sabia que o pacote continha dinheiro. 

Temer e Padilha têm afirmado não terem praticado irregularidades na sua relação com a Odebrecht.