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Manifestantes tentam liminar para acompanhar votação; "caveirão" estaciona ao lado da Alerj

Caveirão - Hanrrikson de Andrade/UOL - Hanrrikson de Andrade/UOL
17.nov.2017 - Caveirão estaciona perto do prédio da Alerj
Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

17/11/2017 14h35

Os servidores do Estado do Rio de Janeiro que protestam nesta sexta-feira (17) em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do RJ), onde ocorrerá a votação para manter ou revogar a prisão de três deputados do PMDB, pretendem ir ao Ministério Público Estadual em busca de uma liminar que garanta a presença deles nas galerias do Palácio Tiradentes, sede do Legislativo.

Segundo o líder do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), Ramon Carrera, a ideia é tentar negociar com a Presidência da Casa antes de partir para a via judicial. O plenário decide na tarde de hoje o futuro de Jorge Picciani, presidente da Alerj, Edson Albertassi, líder do governo, e Paulo Melo.

"Eles querem fechar as galerias, mas se isso ocorrer, nós vamos sair daqui e caminhar até o Ministério Público. A gente vai tentar uma liminar, pois temos esse direito. É nosso direito acompanhar a votação", afirmou ele.

Os parlamentares, alvos da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato, foram detidos por determinação do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região). A prisão, no entanto, precisa ser referendada pela Alerj, segundo prevê a Constituição estadual. Picciani, Albertassi e Melo são suspeitos de participação em esquema de cobrança e pagamento de propina, além de outros crimes, envolvendo empresários do setor de transporte público.

Caveirão estaciona ao lado da Alerj

A Alerj ainda não definiu oficialmente se as galerias serão ou não abertas ao público. Dentro do Palácio Tiradentes, há intensa movimentação de policiais militares, sendo alguns com cães. Nas votações dos polêmicos projetos de lei do pacote de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, a Presidência da Casa determinou o fechamento das galerias por "medida de segurança".

O ato marcado em frente à sede do Legislativo já reúne um grupo de manifestantes, além de um carro de som, faixas e cartazes. "Estamos aqui para pressionar os deputados pela manutenção da prisão dos deputados. A verdade é que, com essa decisão da Justiça, eles já perderam o mandato. O que querem fazer é garantir um salvo-conduto para que eles permaneçam impunes", comentou Carrera. A decisão do TRF-2 diz respeito às prisões e afastamento dos parlamentares.

Por conta da possibilidade de atos violentos durante a manifestação, a Polícia Militar montou um grande esquema de segurança dentro da Alerj e no interior do Palácio Tiradentes. Por volta das 13h15, veículos da Tropa de Choque chegaram ao local, incluindo o blindado da PM, conhecido como caveirão. Eles estão estacionados na lateral da sede do Legislativo.