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"Filhotes da Lava Jato": veja quais as operações miram Cabral

Cabral desqualifica operadores de suposto esquema de propina

UOL Notícias

Do UOL, no Rio

11/12/2017 11h00

O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro de 2016, já foi denunciado 15 vezes à 7ª Vara Federal Criminal, do Rio de Janeiro. O juiz Marcelo Bretas, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato em território fluminense, acolheu todas, e duas já resultaram em condenação: 14 anos e dois meses de prisão em ação decorrente da Operação Calicute, que investiga corrupção em obras do Estado, e 13 anos no processo da Operação Mascate, que apura crime de lavagem de dinheiro.

Somadas à sentença aplicada por Sergio Moro, magistrado da 13ª Vara Federal Criminal, em Curitiba, em ação sobre irregularidades na construção do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), a punição imposta a Cabral chega a 72 anos e quatro meses de reclusão. Das outras 13 ações penais contra ele, no RJ, pelo menos duas estão em fase final de tramitação, ambas derivadas da Operação Eficiência.

Nos interrogatórios na 7ª Vara Federal Criminal, o ex-governador tem negado as acusações de que, mediante pagamento de propina, teria beneficiado empresas como empreiteiras e representantes do segmento de serviços.

Cabral também diz não ter praticado lavagem de dinheiro a fim de ocultar suposto enriquecimento ilícito. Mas declarou reconhecer o crime de caixa dois e o uso de "sobras de campanha" --recursos não declarados à Justiça Eleitoral-- para fins pessoais.

Cabral está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte carioca. Na mesma penitenciária, estão a mulher dele, Adriana Ancelmo, o presidente licenciado da Alerj (Assembleia Legislativa do RJ), Jorge Picciani (PMDB), os deputados estaduais Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi, empresários e outras pessoas investigadas pela força-tarefa fluminense da Lava Jato.