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DEM terá candidato próprio em 2018 e trabalha com quatro nomes, diz Maia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

29/12/2017 12h47

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesta sexta-feira (29) que o DEM trabalha para ter uma candidatura própria à presidência da República. Segundo ele, ainda é cedo para falar em quem será o candidato, mas o partido trabalha com ao menos três nomes, além do seu, para o cargo.

“Não estamos discutindo nomes [de candidatura] agora. O meu é um dos três, quatro nomes”, disse ao citar o ministro da Educação, Mendonça Filho, o prefeito de Salvador ACM Neto e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Maia disse ainda que uma candidatura não significa necessariamente o desembarque do governo. “Nossa agenda é convergente com a agenda do governo, que tem tido uma agenda corajosa”, afirmou.

Maia negou ainda irregularidades em suas doações na última disputa eleitoral.

De acordo com um relatório da Polícia Federal divulgado pelo jornal "Folha de S.Paulo" no dia 26, ele teria recebido dinheiro de empresas a mando da Odebrecht para bancar sua campanha eleitoral. A prática é chamada pelos investigadores de “caixa 3”.

“É doação oficial, está na minha prestação de contas. Não há contrapartida com ninguém. Se quer criar uma ilação para prejudicar a política”, afirmou.

Maia participou nesta sexta-feira (29) no Rio de Janeiro ao lado do governador Luiz Fernando Pezão de uma cerimônia que autorizou a liberação de R$ 27,6 milhões para escolas do Estado como parte do Programa Emergencial de Metas de Ações Sociais para o Rio, citado em novembro pelo presidente Michel Temer.

Estudo sobre cassação de Maluf

O presidente da Câmara disse também que encomendou um parecer à assessoria jurídica da Casa para decidir se deve questionar ou não a cassação do deputado Paulo Maluf no STF.

Segundo ele, a princípio não há como convocar a mesa diretora em janeiro e qualquer decisão sobre o caso deve ficar para o retorno do recesso parlamentar, em fevereiro. “Ainda não decidi, mas a princípio é isso”.

Maia também lembrou que não há razão para chamar um suplente para a vaga de Maluf agora uma vez que o regimento só obriga a ocupação da vaga após um prazo de 120 dias de vacância.