PT mantém estratégia e programação por Lula mesmo com adiamento no STF
O julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de processos sobre prisão após a condenação em segunda instância era aguardado com certa expectativa entre integrantes do PT para esta quarta (11), pois uma mudança no entendimento sobre o tema pode tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão. O adiamento da análise do caso na noite desta terça (10), por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, foi recebido no partido com moderação, sem alterações na forma de atuação do partido.
"Não muda nossa estratégia", disse o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), integrante da Executiva Nacional do partido.
Outro membro da Executiva Nacional petista, o ex-deputado federal Renato Simões, também afirmou que a estratégia da legenda "não muda em nada".
"Minha expectativa para amanhã era a de Noel Rosa: amanhã tudo pode acontecer, inclusive nada", disse Simões.
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Na segunda, ao abrir a primeira reunião da Executiva após a prisão de Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, disse esperar que a vigília montada por militantes nos arredores do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba durasse até quarta.
Na mesma reunião, o comando do partido definiu que Lula continua sendo o candidato da legenda à Presidência da República e que a principal tarefa do PT é "lutar pela liberdade" do ex-presidente.
Programação da militância fica mantida
Apesar da decisão de Marco Aurélio Mello, o PT informou que está mantida a programação voltada para a militância reunida desde sábado (7), quando Lula foi preso, em um acampamento montado nos arredores do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente está detido.
Na manha desta quarta, o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, visitará o acampamento. A presença do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, coordenador do programa de governo de Lula para as eleições deste ano, também é esperada.
Já a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo enviaram comunicado para reafirmar que estão mantidos os atos previstos para acontecerem nas principais cidades brasileiras amanhã, cujo mote era justamente o de pressionar o Supremo a votar a questão da prisão após a segunda instância. As frentes são formadas por movimentos sociais e centrais sindicais.
"Não saíremos das ruas até que Lula esteja livre", diz a nota.
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