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Uma semana após virar réu, Aécio se encontra com Temer no Planalto

 O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cumprimenta o presidente Michel Temer (MDB) - Ueslei Marcelino 12.mai.2016/Reuters
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cumprimenta o presidente Michel Temer (MDB) Imagem: Ueslei Marcelino 12.mai.2016/Reuters

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

24/04/2018 18h19

Uma semana após virar réu na Justiça por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se encontrou com o presidente Michel Temer (MDB) no final da tarde desta terça-feira (24) no Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir “demandas de municípios mineiros”, segundo informou a assessoria do parlamentar.

No entanto, procurada pelo UOL, a Presidência da República afirmou que ambos discutiram “assuntos do Senado Federal”.

Questionada pelo UOL se iriam tratar de eleições – tanto a eventual candidatura de Aécio ao Senado quanto as de Temer e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência –, a assessoria do parlamentar tucano negou. Nesta quarta (25), Aécio deve participar de reunião das bancadas tucanas na Câmara e no Senado com Alckmin em Brasília.

Aécio virou réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça no STF (Supremo Tribunal Federal) em 17 de abril após a Corte aceitar denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). A peça da procuradoria foi baseada nas delações premiadas de executivos do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS, divulgadas em 2017. 

Em uma delas, Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria emprestado por Joesley para pagar despesas com advogados.

Empresários afirmaram que pagaram propinas ao ex-presidenciável na casa das dezenas de milhões de reais e um ex-ministro da Justiça disse que o tucano tentou interferir em investigações da Polícia Federal.

Além de ser réu no STF, o senador é alvo de mais oito investigações no Supremo. O senador mineiro nega quaisquer acusações de ilegalidades.