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Presidenciáveis repudiam ataque a tiros em acampamento pró-Lula no Paraná

Acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, alvo de ataque a tiros na madrugada - Divulgação
Acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, alvo de ataque a tiros na madrugada Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

28/04/2018 13h00Atualizada em 28/04/2018 23h03

O ataque a tiros, na madrugada deste sábado (28), contra o acampamento de militantes em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, provocou reações de presidenciáveis na rede social Twitter.

Logo cedo, a pré-candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) disse que os tiros “são consequência do ódio semeado nas redes” e da falta de esclarecimento sobre o episódio registrado um mês atrás contra a caravana do ex-presidente pelo Sul do país, quando dois ônibus foram alvos de tiros entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. “Esses tiros são uma ameaça a democracia!!!”, afirmou em um segundo tuíte.

O também pré-candidato à Presidência da República Guilherme Boulos (PSOL) considerou o ataque um “absurdo”. “É preciso barrar a escalada de violência fascista no Brasil”, afirmou.

Por volta das 4h, duas pessoas foram feridas por tiros no acampamento pró-Lula, localizado no bairro de Santa Cândida, a cerca de 750 metros da sede da Polícia Federal do Paraná, onde o ex-presidente está preso.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado, “um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento”. Uma mulher teve ferimentos leves no ombro, provocados por estilhaços, e um homem de 39 anos foi encaminhado ao hospital, onde respira com ajuda de aparelhos e é atendido na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Testemunhas devem ser ouvidas hoje à tarde pela DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil. Peritos e policiais que estiveram no acampamento logo após o crime recolheram cápsulas de munição para pistola calibre 9 mm.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), coordenador do programa de governo do partido para a eleição presidencial, prestou solidariedade às vítimas no que avaliou como “outro ataque fascista no Paraná”.

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) postou: “Não podemos tolerar que a violência seja usada como forma de expressão de antagonismos na política.” E afirmou que a “falta de punição” no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e no ataque à caravana de Lula “permite que crimes como esses se repitam”.

O pré-candidato do DEM e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse considerar o caso "intolerável" e cobrou a identificação e punição dos culpados. "Ninguém nem grupo algum pode reivindicar seus espaços ou tentar se fazer ouvir por meio da força bruta."

A pré-candidata da Rede, Marina Silva, divulgou nota de seu partido. Segundo o comunicado, a Rede apoia a Operação Lava Jato e a justiça para todos, "mas não aceita a violência contra manifestantes". A legenda repudiou o "ataque criminoso" e exigiu a apuração do ocorrido. 

O pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não comentou o ataque diretamente. No entanto, abordou o assunto ao publicar um vídeo em que rebate o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que responsabilizou Bolsonaro pelo ocorrido em Curitiba em vídeo anterior publicado em suas redes sociais. Na resposta, o político do PSL diz que o senador petista está em "desespero" porque estaria prestes a ser preso.

Até o horário da última atualização deste texto, Joaquim Barbosa (PSB), Álvaro Dias (Podemos) e Geraldo Alckmin (PSDB) não tinham se manifestado sobre o assunto.