Topo

Justiça manda prender ex-vereador do PT e filho por agredir homem no Instituto Lula

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

11/05/2018 19h40Atualizada em 11/05/2018 19h44

A Justiça de São Paulo mandou prender preventivamente Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho e ex-vereador pelo PT em Diadema (SP), e Leandro Eduardo Marinho, seu filho, por terem agredido um homem em frente ao Instituto Lula, na zona sul paulistana.

O caso ocorreu no dia 5 de abril, dia em que Lula teve sua prisão ordenada pelo juiz Sergio Moro. Carlos Alberto Bettoni, de 56 anos, foi agredido depois de xingar petistas que deixavam o prédio do instituto, onde pouco antes estavam reunidos com o ex-presidente.

Bettoni foi empurrado pelos agressores em direção à rua, batendo com a cabeça no para-choque traseiro de um caminhão que passava. Ele teve traumatismo craniano, passou por cirurgia e ficou internado durante mais de 20 dias, incluindo UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

"Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida, praticado de maneira tão covarde. As imagens demonstraram que a vítima, por diversas vezes, pediu para que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a palma da mão aberta e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou fugir dos réus, mas infelizmente não conseguiu", afirma a juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri da Justiça Estadual de São Paulo. 

A magistrada determinou também o arquivamento das acusações contra Paulo Cayres, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que havia sido indiciado pela Polícia Civil.

O UOL não conseguiu localizar a defesa de Maninho e seu filho até o horário da publicação deste texto. Ontem, eles foram denunciados pelo MP-SP por tentativa de homicídio.

O advogado Daniel Bialski, que defende Bettoni, disse que "a prisão cautelar decretada, além de muito bem fundamentada, atende os anseios da sociedade e traz segurança para que testemunhas e vítima possam ter tranquilidade para depor em juízo e aguardar o julgamento pelo Tribunal do Júri".