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Dodge pede que Geddel seja condenado a 80 anos de prisão, e irmão, a 48

De óculos, Geddel (esq.) e Lúcio (dir.) são acusados pela PGR - Facebook/Divulgação
De óculos, Geddel (esq.) e Lúcio (dir.) são acusados pela PGR Imagem: Facebook/Divulgação

Felipe Amorim e Nathan Lopes

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

09/01/2019 15h14

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação dos irmãos Vieira Lima -- o ex-ministro Geddel e o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA). Eles são alvos de uma ação penal que tramita no STF sob relatoria do ministro Edson Fachin.

A PGR pede que Geddel seja condenado a 80 anos de prisão e Lúcio, a 48 anos e seis meses de reclusão, além de pagamento de multa. Geddel está preso preventivamente desde setembro de 2017. Já Lúcio, que está livre, não conseguiu se reeleger na última eleição.

A defesa dos irmãos ainda precisa se manifestar na ação penal. Procurada pela reportagem, ela ainda não se manifestou a respeito da petição da PGR.

De acordo com a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os irmãos associaram-se para cometer crimes de "ocultação da origem, localização, disposição, movimentação e a propriedade de cifras milionárias de dinheiro vivo".

Os crimes teriam ligação com os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendidos, em 2017, em um apartamento de Salvador ligado à família Vieira Lima. Entre 2011 e 2016, um empresário do ramo da construção "lavou dinheiro sujo na aquisição de unidades imobiliárias por empresas" dos irmãos Vieira Lima.

Parte da quantia teria vindo de um esquema envolvendo um assessor parlamentar ligado aos irmãos. Job Brandão, teria repassado até 80% dos salários pagos pela Câmara nos últimos 28 anos à família Vieira Lima. "O próprio assessor, que colaborou com as investigações, confirmou as irregularidades", diz a PGR.