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Delegado da Lava Jato é nomeado para integrar cúpula da PF

 Delegado Igor Romário de Paula durante coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal em Curitiba, em 2016 - Reinaldo Reginato /Fotoarena/Folhapress
Delegado Igor Romário de Paula durante coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal em Curitiba, em 2016 Imagem: Reinaldo Reginato /Fotoarena/Folhapress

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

17/01/2019 09h09

O delegado Igor Romário de Paula, da Polícia Federal e um dos chefes da operação Lava Jato, foi nomeado diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal nesta quinta-feira (17), em portaria assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ele substitui Elzio Vicente da Silva no cargo. 

Um dos mais experientes do grupo da Lava Jato, De Paula era delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado na PF do Paraná, liderando o grupo de trabalho da Operação Lava Jato no estado.

O nome de Igor Romário de Paula já era esperado para integrar o alto escalão da PF, subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Maurício Valeixo, escolhido pelo ex-juiz para ser diretor-geral da PF, também é ex-superintendente da PF no Paraná e atuou na Operação Lava Jato. O ex-juiz Sergio Moro, ministro da pasta, havia dado liberdade para Valeixo montar sua equipe. 

Na semana passada, Valeixo escolheu o superintendente da PF em São Paulo, Disney Rosseti, como o novo diretor-executivo da administração nacional da instituição.

Durante sua atuação na Lava Jato, Igor Romário de Paula chegou a se envolver em polêmicas por suas posições políticas. Ele apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 e fez críticas jocosas ao PT e sua então candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT), na internet. 

Chegou a entrar na justiça pedindo que Google e Facebook tirassem do ar as críticas feitas por blogs sobre o tema. Acabou perdendo a ação na primeira e segunda instância. 

Em janeiro de 2017, chegou a criticar em entrevista ao UOL o fato de a Polícia Federal do Paraná, sempre parceira do Ministério Público nos acordos de colaboração premiada, ter ficado de fora das negociações quando foi fechado o pacto com a Odebrecht.