PF vai pedir prorrogação de inquérito que investiga facada em Bolsonaro
A Polícia Federal informou hoje que vai pedir ao MPF (Ministério Público Federal) prorrogação por 90 dias do inquérito que investiga a participação de outras pessoas no atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em setembro passado. Bolsonaro fazia campanha eleitoral quando foi esfaqueado por Adélio Bispo - réu confesso - em Juiz de Fora (MG).
"Dentre as diligências que estão sendo realizadas, estão as oitivas de todas as pessoas identificadas por meio de telefonemas, mídias sociais, e-mails etc. que tiveram algum contato com o investigado nos últimos cinco anos, a fim de se verificar eventuais dados que possam levar à identificação de participação de terceiros no crime", afirmou a PF.
A polícia também disse que aguarda a realização de exames periciais em imagens extraídas das redes sociais "que sugerem" a suspeita do envolvimento de outras pessoas no caso.
Além disso, a PF afirmou que vai insistir na quebra do sigilo telefônico do advogado de Adélio Bispo para "identificar se realmente havia algum financiador de honorários advocatícios, o que poderia revelar interessado(s) na causa".
No começo de março, o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, suspendeu a autorização de quebra de sigilo de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Bispo. O acesso aos registros telefônicos e ao sigilo bancário do profissional foi considerada uma violação ao sigilo do advogado e do cliente.
Segundo MPF, Adélio é semi-imputável
No último dia 10, o MPF (Ministério Público Federal) emitiu um parecer à Justiça Federal em Juiz de Fora, que cuida do caso, dizendo que Adélio Bispo é semi-imputável, ou seja, não tem total compreensão de seus atos. O órgão teve como base laudos periciais realizados por peritos psiquiátricos. Por conta dessa condição, Bispo pode ter a pena amenizada em caso de condenação.
Cinco dias depois, Bolsonaro recebeu o advogado Sérgio Pitombo, que defende o presidente no caso da facada. De acordo com Pitombo, o encontro foi feito apenas para tratar do andamento dos processos em que ele atua como advogado do presidente.
"Dar uma satisfação de como estavam, apenas isso", disse Pitombo, que também defende Bolsonaro na ação em que o presidente é réu por injúria e incitação ao crime de estupro, relativo à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
*Com Estadão Conteúdo
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