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Alcolumbre toma partido em racha no governo: "Olavo não está ajudando"

1.fev.2019 -  Davi Alcolumbre (DEM-AP) durante sessão solene de posse dos senadores eleitos, no plenário do Senado Federal em Brasília - Fátima Meira/FuturaPress/Estadão Conteúdo
1.fev.2019 - Davi Alcolumbre (DEM-AP) durante sessão solene de posse dos senadores eleitos, no plenário do Senado Federal em Brasília Imagem: Fátima Meira/FuturaPress/Estadão Conteúdo

Alex Tajra e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

07/05/2019 20h42

Diante da disputa entre núcleos de poder governo, o presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM), tomou hoje o partido da chamada "ala militar".

Nas redes sociais, Alcolumbre prestou solidariedade ao general Santos Cruz ("um homem que tem ajudado o Brasil"), ministro da Secretaria de Governo.

Santos Cruz é um dos alvos mais recentes de ataques do escritor Olavo de Carvalho - líder da "ala ideológica" - a quem Alcolumbre acusou no mesmo post de "atrapalhar as pessoas que querem ajudar o Brasil".

"Conheço o general Santos Cruz. É um homem que tem ajudado o Brasil, o governo, o presidente Bolsonaro e tem ajudado muito na articulação política. Em relação ao Olavo de Carvalho, ele não está ajudando o Brasil.", escreveu Alcolumbre.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou amenizar a situação afirmando que não havia cisão alguma no governo. "Aqueles que, porventura, não tenham tato político estão pagando preço junto à mídia. Mas não existe grupo de militares nem grupo de 'Olavos'. É tudo um time só", disse.

Major Olímpio dissocia Olavo e PSL

O líder do PSL na Casa, Major Olímpio, também defendeu a ala militar e pediu que não "façam associação desse senhor [Olavo de Carvalho] ao PSL".

"Não é com ofensas, não é com palavras chulas que se pode fazer um debate legítimo dentro do campo da democracia e, principalmente, com palavras dessa ordem ao Villas Bôas", disse ao UOL, em referência aos ataques de Carvalho ao também general Eduardo Villas Bôas, que ocupa cargo no GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Olavo chegou a dizer que altos oficiais militares estão buscando "proteção escondendo-se por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas", em menção à condição de saúde de Villas Bôas.

O escritor já proferiu várias ofensas contra militares que atuam no governo, incluindo o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o qual já classificou de "charlatão desprezível."